Iluminação

Tava distraído
para ideias
de escrever
até aparecer
aquele sol
mergulhando
no horizonte,
difícil de desver.
Aí corri
pra uma folha
de papel
carregado
de canetas
de aniquilar
brancos.
Mas, desastrado
que estava
pela distração
que me desequilibrava,
meti os pés
pelas mãos
e não escrevi
foi nada.
Joguei as canetas
no chão
e fiquei olhando
a erupção
do sol-vulcão
que por ali
se extrapolava.
Não sabia
que desastrada
e distraída,
a alma ainda
se iluminava.
Não sabia
que travada
a poesia,
a vida ainda
se encantava.