Introspecção Reflexiva

Tempos de introspecção
Escavar a alma, lapidar espinhos
Descobrir novos caminhos
Queimar pontes em si

Perdido e esquecido…

Se projetar como um espelho
Talvez até um pouco sujo
A prata maculada no próprio rosto
Alguma lasca faltando em um canto esquecido

E ainda dói…

O sorriso refletido quebrado
Os olhos semicerrados em concordância
A dor soterrada em rugas
Com dedos magros entrelaçados

Quando adquiri olheiras tão profundas?…

Cavando por esperanças na mente em ruínas
Meu doppelganger observando de perto
Quando foi que isso tudo começou?
Algum dia irá terminar?

Devo ser um instrumento brutal do meu próprio destino…

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Iuri Santos e Tavares
Revista in-Cômoda

Cristão, farmacêutico, grunge e poeta (necessariamente nessa ordem).