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Apr 25, 2020
LXII
Quem és tu verdadeiramente?
Em busca da incognoscível perfeição,
Na boca rudes palavras apenas,
Ermo sombrio alojado em teu coração.
Trata com rispidez e maldade,
Quem a tua Crença questiona,
Tal qual o cão que defende seu osso
Rosnando p’ra própria sombra!
Ao condoer-se em inevitável necessidade
De cutucar a própria ferida,
Sofre — brumal das lamentações —
Afogando as dores em taça de mofina!