Ras Anders
Revista in-Cômoda
Published in
2 min readApr 4, 2020

--

Photo by 🇨🇭 Claudio Schwarz | @purzlbaum on Unsplash https://www.youtube.com/watch?v=pnjRMmrGEjU

Não sei o que Freud diria, mas gostaria que a ilusão da arte diminuísse a distância entre dois continentes. E então eu comentaria que esse alarde que estou construindo é para chegar onde você está. Como sabe, não publiquei um livro, ainda não tenho prêmios, não possuo família inserida em meios artísticos. Preciso construir meu caminho sozinho e a algazarra faz parte. As pessoas próximas a mim nem sabem que estou por aqui, causando este início de coisa que ninguém vê quando se chega lá. Um tiro no escuro é o que faço e talvez apenas você está vendo isso tudo. Jung e Freud brigariam pelo argumento mais plausível deste paciente e provavelmente nunca saberiam o meu maior segredo que te fez sangrar as costas numa foto que nunca vou esquecer. Você me entende de um jeito que provavelmente ninguém vai saber. A literatura é escancarada demais para alguém acreditar em contos de uma imaginação qualquer. Por tua causa, tenho a esperança que posso ter algum futuro nisso.

Nos últimos quatro anos parece que fazemos as coisas baseados na espera. Quando você quer mais ação, trata de declarar fins para ver a minha retruca. Claro que espera um daqueles que te emocionam. Lembro que me disse ao telefone, naquela única vez, que gosta do combate. Acho que estou mais manso agora, mas ainda revido.

Luto para conseguir chegar ao mesmo evento que o teu. O gato e rato é inevitável. Acho que essa é a última vez que exponho isso de forma tão aberta… Querer te ver, sentir seu perfume e ouvir tua voz de uma maneira que poucos conseguirão é meu objetivo. Lembre-se disso, sou um sonhador apenas nisso agora. O caminho é o texto e o objetivo é sentar numa mesa com você em meio a todos os seus conhecidos de escrita. Vejo que o teu real está começando a perceber um outro caso seu. É uma briga de mostrar que está vendo tudo através de aplausos que me faz rir. Mal sabe ele o personagem real do fim da história. Nem vai saber. Caso depender de mim, serei o episódio final que ninguém vai entender.

Se um dia me perguntarem, direi: A arte sempre imita a vida, nunca o contrário.

--

--