[no cais do suspiro absorto… ouço]
na lente acurada do patrão
silêncio.
no cadáver
igual p’ra igual
silêncio.
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no vulto perambulante pelas avenidas
torrentes de água fluem se dispersar.
dentro de mim
hirto o calor pela ira do patrão.
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ferve o coração da mãe
incinerado pelas tristezas obesas
o petiz
geme de frio posto afora no deserto
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há cabotagem fervescente entre os sexos
de alheio p’ra alheio
cospem sêmen nas vasilhas atiradas ainda imberbes
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gandaia-se a vida pela incerteza dos ventos
que sopram sem bússola no desassossego das coisas.