O ‘volume morto’ de um poeta

Marcio Tadeu
Revista in-Cômoda
1 min readAug 15, 2020

--

Será que os lampejos de um poeta entusiasta se findaram?
Que os devaneios de um velho aprendiz entregaram os pontos,
sucumbiu ao deparar com o temido ‘volume morto’ da inspiração?

Caro aprendiz, anseio muito não vê-lo abatido nesta batalha
A luta contra o tempo além de cruel favorece a escassez.
Nos furtaram o tempo que faz falta, e assim faltamos por um tempo.

Por favor, não nos prive dos seus manuscritos e devaneios,
sua soma com as palavras tentando ser tão exata quanto as ciências exatas
Nos brinda com louvável esforço! Decerto tocarão o âmago dos seus versos.

Imagine! O que será desse tal volume morto quando vencê-lo?
Nada mais nada menos que fonte de inspiração.
Tal como tantas outras fontes que hão de irrigar seu jardim de palavras.

E aí, meu velho aprendiz, com as nascentes fluindo vida
seus lampejos haverão de se transformar rios transbordantes.
Eles refletirão sua luz, inspiradora como o brilho dos seus olhos
Graciosa como seu manejo com as palavras.

Clique em Clap quantas vezes quiser. Incentive os escritores e colaboradores da Revista Criado Mudo.

--

--

Marcio Tadeu
Revista in-Cômoda

Eu gosto de escrever, só não sei. Só não sei quando devo, quanto devo, para quem e se é que. Delete. Eu amo escrever me apraz deletar. [destruirparaconstruir]