OCEANO [de vida]
Recuando… recuando, recuando.
Afastando-se da margem onde eu estava reflexivo.
Ele me deixava a sensação de abandono, distanciamento,
temor da solidão e o medo da saudade.
As águas que molhavam meus pés me escapavam e escoavam, ao passo que nem as pequenas ondas sopradas pela brisa me tocavam mais. Eu sentia que ao caminhar na sua direção elas se distanciavam na mesma proporção.
Decidi parar!
Mas, não podia ficar parado.
Apesar de não haver um movimento favorável, eu o enxergava.
E ele estava ali,
g-r-a-n-d-i-o-s-o
v-o-l-u-m-o-s-o
imensuravelmente vivo — o oceano.
Eu cria que, ao sabor dos ventos, eles soprariam ao meu favor e eu seria inundado por ele — um mar de inspirações.
E como uma gota a mergulhar naquela imensidão, eu deixaria de ser;
eu passaria a fazer parte dele, um em unidade — o próprio oceano!
Nos tornamos o que nos inspira.
Exalamos o que nos tornamos.
“ Porque somos como o cheiro suave do sacrifício que Cristo oferece a Deus, cheiro que se espalha entre os que estão sendo salvos e os que estão se perdendo.” 2Coríntios 2:15
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