Os Pesos Que Os Anos Não Carregam

Inominável Ser
Revista in-Cômoda
Published in
3 min readJul 19, 2024

Passam-se muitos anos e todos os dias estão sempre sendo os mesmos. Parece que tudo está se desfazendo. Parece até que nada estou fazendo. Parece mesmo que nem tenho algum testamento.

Mesmo se eu tivesse orçamento para deixar algo para alguém, seria tudo mísera migalha. E não falo do dinheiro da Terra que faz bilionários por segundo hoje. O dinheiro não pode comprar qualquer seriedade. O dinheiro mente quando pensa comprar qualquer lealdade. O dinheiro agride sempre nas mãos de quem falta com a verdade.

Não estou assim a falar de capitais que circulam e dançam em meu redor, sobre mim, dentro de mim e fora de mim. Estou falando de algo mais etéreo, algo permitido a homens e mulheres tão cansados, famintos e desiludidos deste mundo do Diabo. Algo que vem a ser traduzido como um sussurro de angústia. Algo que vem a ser conduzido como uma carruagem de tristeza. Algo que vem a ser escrito como um poema depressivo.

Deprimidos e deprimidas jantam comigo ao longo dos restaurantes mais caros que servem os mais indigestos pratos. Os garçons servem intragáveis alimentos e intratáveis bebidas para todo tipo de gente como eu. Gente que sente incalculáveis pesos na alma. Gente que suporta impassíveis pesos na mente. Gente que arrasta incríveis pesos no coração.

Meu coração não sei como ainda bate, já sofri mais do que A Deusa Sofrimento faz cada Humanidade sofrer no Plano Dos Mundos. Metafísica esgotada esta minha, querendo falar de uma Cósmica Filosofia sem nem ao menos compreender a pessoal fisionomia da minha filosófica corrente de estigmas. Eu sou um filósofo para sempre desconhecido até de mim mesmo. Eu sou um filósofo, a priori, que quanto mais pensa menos existe. Eu sou um filósofo, a posteriori, que quanto mais deseja menos concretiza.

Sou também o fruto contemporâneo do belo Pós-Modernismo iconoclasta e niilista, amoral e irracional, nascido do Iluminismo e da Francorevolucionária marcha das Nações do Norte, Leste, Oeste e Sul Globais. Meus irmãos e minhas irmãs, filhotinhos e filhotinhas deste canil pós-moderno que é o globalizado mundinho tiktoknista de hoje, formam comigo uma frustrada família. Somos os bebês da Morta Ordem Mundial. Somos os bebês da Grande Loja Explodida. Somos os bebês da Nova Mitologia Escravocrata.

Bebês chorões e choronas pedindo por brinquedos cada vez mais novos que se quebram antes de qualquer temporal contagem. Bebês chorões e choronas assistindo os programas feitos para nos controlar ao nível de baratas sem vontade teleguiadas. Bebês chorões e choronas distraídos pelas chupetas carregadas com todas as hipnóticas propagandas nos abandonando em direção a todos os nomes dos enganos. Bebês chorões e choronas sujando as nossas fraldas sempre que não suportamos as porradeiras broncas que os dias nos dão com ultraviolentas permissões.

Nesta choradeira, até dos(as) mais fortes entre nós, carregamos mundos além da Terra dentro de nosso Ser. Muitos suportam. Muitas suportam. Menos eu.

Eu nunca tive uma natural vocação para ser um Prometeu.

Inominável Ser
QUE NÃO CONSEGUE
SE LIVRAR
DE TODO PESO
NELE

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