POMPÉIA
Reflexões cotidianas
Ao me deparar com certa ‘estória da história’ achei interessante fazer um paralelo com o ambiente corporativo que habito.
Na estória temos Pompéia Sula, segunda esposa de Júlio César (famoso militar e ditador romano) preparando no dia 1 de Maio do ano 62 a.C., a festa da Bona Dea “Boa deusa”, uma orgia báquica, reservada exclusivamente às mulheres. Temos também o jovem rico Publius Clodius, apaixonado e atrevido, que se disfarça de tocadora de lira para entrar na festa de sua bela, porém casada, pretendente.
Mas, ainda temos Dona Aurélia, a sogra de Pompéia, que astutamente descobre os intentos pecaminosos do jovem e o desmascara antes do êxito.
Júlio Cesar, contrariando o óbvio e para espanto do senado, decreta seu divórcio com Pompéia que aparentemente de nada sabia. Ao ser questionado cravou: “- A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita.”
Esta frase deu origem a um conhecido provérbio:
“À mulher de César não basta apenas ser honesta, deve parecer honesta.”
A decisão de Julio Cesar me fez refletir sobre nossa necessidade de preservação da auto imagem, sobre a necessidade de uma postura ilibada acompanhada de um bom marketing pessoal. Também me lembrei de uma frase aprendida na caserna: “Que as ações confirmem as palavras.”
É fato que para algumas profissões e/ou posições que ocupamos este provérbio cabe como uma luva. O zelo pela nossa imagem deve ser tão importante quanto nosso contexto de vida e nossas convicções éticas.
Ser honesto sempre; e não deixar de vender o nosso peixe.