Rascunho a rever

Izabel da Rosa
Revista in-Cômoda
Published in
1 min readMay 30, 2021
Photo by CHUTTERSNAP on Unsplash

A saudade acenou, insistiu,
dialogou.
Penso que ela nem se foi.
Invadiu a noite, cruzou dias
em olhares e promessas.

Trouxe tua mão na minha
teus olhos no meu sorriso.
e o reviver se fez inteiro
em nova imagem no espelho.

O reviver nunca é igual,
tem os vendavais do hoje,
e a fagulha que trepida
em seu frágil renascer.

Voltar quando é possível
não refaz os dias,
nem recupera as horas,
apenas lança outro olhar
no mesmo vitral vazio
que reinventa suas luzes.

Miragem,
ternura, saudade
desejo, promessa,
coragem de recomeçar
no mesmo porto da partida
fingindo não existir despedida.

Voltar é correr o risco
de rever os próprios passos
reescrever o caminho,
e lançar-se no espaço
sendo um ser reconstruído
com seus antigos pedaços.

Você gostou? Aplauda clicando nas mãozinhas (vai de 1 a 50 )
Todos os meus textos? clique Aqui
Ou na minha publicação Vivi e Escrevi

--

--

Izabel da Rosa
Revista in-Cômoda

Eu não tenho os pés no chão tenho uma ânsia de asas entregues à correnteza das palavras que me visitam e contam coisas que só sabem os que sentem.