Rosa.

Rasgada e esquecida em folhagens secas do teu cerne.

Alex Domnic
Revista in-Cômoda
Jul 20, 2022

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Saber que
Não importa quantas vezes eu busque em minha mente
Quantas vezes eu mude minha presença
Ou quantas vezes eu te busque no meu inconsciente
Você sempre tem que buscar ela em tua sentença.

Saber que tenho que
Evitar minha alma
Que busca inconstantemente tocar tua pele
E evitar você
Que sempre busca
O que te quebra como vidro
E eu que acabo no fim
Abraçando a tua dama de espinhos negros

Sangrando-me em vermelho vibrante
Perdendo-me em teu inconcebível inconsciente
Vou-me em um coletivo,
Em um seletivo
Complexo e completo de permeabilidade
Sem noção do teu infinito insensível de sentir
Preso em um quadro de moldura esbranquiçada
Seco e sem folhagem
Que você criou e não cuidou
Como quem faz com rosas que não ama.

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Alex Domnic
Revista in-Cômoda

Somos pequenos universos prestes a implodir em sentimentos brutalizados. | Nem tudo que eu escrevo, eu sinto mas tudo o que eu sinto eu escrevo.