Seus textos ecoarão através dos séculos?
“O homem é assombrado pela vastidão da eternidade. Então, perguntamos a nós mesmos: Irão nossos atos ecoar através dos séculos?
Muito tempo depois que tivermos partido, vão ouvir nossos nomes, vão querer saber quem éramos, com que coragem lutamos, o quanto amamos intensamente?”
Essa fala introdutória do filme Tróia sempre me atinge como uma pedrada na cara.
Os canais no Youtube nada mais são que gente tentando registrar sua miserável passagem sobre a Terra? Estão os youtubers desenhando bisões nas paredes de cavernas modernas? Todos esses textos do Medium são isso também? Tentativas de dizer “ei, eu estive aqui, eu existi um dia”?
Estamos tentando construir um legado, tentando deixar nossas ideias e impressões disponíveis em algum lugar para que, um dia, navegando pelo oceano da internet, alguém encontre essas linhas e saiba um pouco de quem fomos, em que acreditamos, como vivemos?
E esses textos serão testemunhas fiéis de quem nós fomos?
Eu não sei esculpir o mármore com maestria (e quem sabe?!), eu não sou um inventor e Deus sabe que sou um atleta medíocre. Não imagino ninguém dando meu nome a uma praça ou uma rua. Será que uma conta no Medium (e em meia dúzia de outras redes sociais) é tudo que deixarei como prova de minha passagem por esse planeta?
E, será que, de fato, permaneceremos vivendo indefinidamente através de nossas palavras muito tempo depois de nossa carniça ter virado pó num caixão?
As gerações futuras saberão “com que coragem lutamos, o quanto amamos intensamente”?