TEUS TODOS TONS DE VERMELHO
Pois, sois
Dois sóis na Terra
Os olhos teus em minh’alma
Gota d’agua diante de todo o nosso mar
Universo
Morada do nosso querer fraterno
Materno
Familiar
E de sexo
Ah, o bom sexo!
O selvagem e arraigado sexo
O que eu te ensinei
O que eu te dei
E todo o gozo que você já me deu
E eu, o teu, que dei,
A tua pele, o teu gozo
O teu cheiro, seu corpo
Gozo! Amo! Cheiro!
Mama!
Selvageria de dois!
De sair dos quartos, seremos sempre os últimos…
Perdão, vizinho, orgasmos múltiplos!
Uns gritam, xingam, batem…
A gente faz poesia com a carne
A sua carne… à sua carne…
Ah, Sua carne…
Teus todos tons de vermelho
E teu verde frio… que desabrochou em teu olhar, rio… quente
As termas, o calor humano
Que antes fora absolto
Hoje sinto!
Seu verde, amor, é absinto!
Seu rouge, amor, é rubro vinho
Teu sexo, mulher, é meu estribo
Que deixo perder
Pra deixar correr
Minha selvageria toda solta
Com você!…
Ah, inspiro
Rogo o teu suspiro
O teu cheiro e o teu respiro
O gozo teu é meu… Amigo…
22 de março de 2017
(67) 99604–1995