curadoria maquiavélica: Novas formas de fazer política, democracia, fetichização do trabalho e eleição americana
Ocupação é nova forma de fazer política (sem partidos)
[No Uol]
Para este artigo, Janaina Garcia conversou com Pablo Ortellado (USP) e Esther Solano (UNIFESP e Universidad Complutense de Madrid) sobre as ocupações estudantis que vem ocorrendo desde 2015. Estamos diante de um novo modo de fazer política visto o esgotamento dos modelos tradicionais de representação? Eles apontam as especificidades e inovações dessas ocupações. Falam sobre a rejeição partidária e os novos horizontes e desafios que abrem.
Michael Löwy: “O Estado de exceção predomina. A democracia é que foi excepcional”
Michael Löwy, sociólogo brasileiro radicado na França, onde trabalha como diretor de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique, fala sobre os limites da democracia conciliatória e a crise generalizada que está associada a este modelo; o conflito intrínseco entre capitalismo e democracia; o que há de promissor nos movimentos sociais independentes do partidarismo; o risco do modelo de desenvolvimento global — independente da orientação política dos governos — os impasses e dependência que ocasionam. Isso inclui a exploração do pré-sal, que enche de euforia setores da esquerda com a promessa de financiamento de bens sociais fundamentais; e por fim, fala da resistência indígena “vanguardista” — apesar de milenar.
Essa entrevista é primeira da série de entrevistas do Movimento Democrático 18 de Março (MD18) com grandes intelectuais de esquerda.
The fetishisation of work is making us miserable. Let’s learn to live again (A fetichização do trabalho está nos fazendo miseráveis. Vamos aprender a viver novamente)
Membro da London New Economics Foundation, Anna Coote fala das condições do trabalho no mundo contemporâneo: se estabeleceu uma cultura de dedicação extenuante, que parasita as demais áreas da vida do indivíduo. A articulista analisa esse cenário, destacando, nele, o surgimento do “precariado” — trabalhadores com contratos flexíveis ao máximo, pagamento reduzido e nenhuma segurança. Frente a isso, ela propõe medidas: tomar controle do local de trabalho, combater os privilégios de gênero no convívio domiciliar e lutar pela redução de horas trabalhadas.
President Trump’s First Term (O Primeiro Mandato de Trump)
Quando a vitória de Donald Trump ainda era incerta, quando era ainda uma possibilidade não dificilmente ridicularizada e facilmente negada por um wishful thinking (pensamento ilusório) sempre à mão, o repórter Evan Osnos, da New Yorker, entrevistou uma série de indivíduos de modo a mapear como seria o primeiro ano do seu governo, caso eleito. Falou com gestores da campanha, economistas, estrategistas de guerra, historiadores, acadêmicos e políticos de seu país e de três outros continentes — Europa, Ásia e América Latina. O resultado é um panorama do que, hoje sabemos, deve-se esperar (ou temer) em 2018.
