Para Além da Legalidade: Todos Contra Wagner Moura

Se polis = cidade, político = cidadão. Ou seja, aquele que escolhe não exercer a cidadania é um ‘idiótes’ voltado ao umbigo.

Gilberto Miranda Junior
revista Maquiavel
12 min readApr 6, 2016

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"Wagner exerce o direito fundamental de se recusar a ser um idiota. Meu incômodo é com as críticas dirigidas a ele, enquanto cidadão e artista que assume um posicionamento fora da idiotice vigente." | imagem: montagem do autor

Começo com uma frase bem senso comum: há artistas e artistas. Alguns, os quais não nos parecem muitos, optam por refletir seu tempo e percorrer um viés crítico, seja pelo drama, comédia ou qualquer expressão ou estilo que abracem. Esses, embora possam ser simpatizantes da arte pela arte, ainda assim acabam por fazer emergir sua posição e suas reflexões sobre o mundo para além do aspecto e impacto estético que dão àquilo que fazem. Ou seja, mesmo que sua arte não tenha como base seu engajamento numa mudança da realidade, ela surge como expressão de sua insatisfação ou ausência de conformismo. É como se todas essas questões estivessem gravadas no corpo do artista. Isso me parece um dado inescapável. Outros, embora tão filhos de seu tempo como os primeiros, dão-se muito bem com a ideologia que move e mantém o sistema, assumem as coisas como são e se inscrevem nessa máquina sob uma visão de mundo que, se não podemos dizer que se submete, ao menos colabora com a sua reprodução, sem grandes alardes, não obstante inovem ou, de fato, consigam destaque independentemente do quanto sua produção seja ‘vendável’.

Um exemplo que costumo dar está na distinção de humor que podemos ver na trupe do Porta dos Fundos em comparação a um Danilo Gentili. Gentili acerta em dizer que toda piada tem um alvo. Mas quando, recorrentemente, esse alvo reforça o sistema de dominação já existente, sabemos que vigora uma identificação com o status quo, cujo termômetro está na catarse promovida pelo escárnio contra aqueles que não deveriam (segundo o status quo) serem mais do que são dentro de uma estrutura social hierárquica já dada. Por outro lado, o pessoal do Porta dos Fundos, na figura de um outro artista que pensa para além do mero impacto estético daquilo que faz, Gregório Duvivier, em geral destaca o ridículo e as contradições daqueles que se refestelam com as piadas de Gentili. São posicionamentos e cosmovisões distintas, e é possível fazer algumas distinções mais profundas sobre isso.

Uma delas é a partir do recorte de como os artistas, por exemplo, se expõem fora de seu campo de atuação. Usualmente, os que concordam, reforçam e vivem tranquilamente com o mundo dado pelo status quo não se pronunciam na mídia e não se constituem formadores de opinião, restringindo sua participação social alheia à arte a jornais de celebridades, sites de fofoca ou a influências sobre a moda. Portanto, em geral, quando não são oportunistas como um Alexandre Frota (artista?) ou um Lobão, apenas vivem sua arte emprestando seu talento e sua técnica para a Indústria Cultural como um todo. Aqueles que se pronunciam e formam opinião, em geral (reforço esse ‘em geral’), possuem uma visão crítica ou fazem denúncias questionando a lógica do sistema e se posicionando contra a apatia daqueles que meramente reproduzem essa lógica.

O que é preciso ficar claro, e aí sim se trata de um falso binarismo, é que o pensamento à esquerda (ao contrário do que muita gente propaga) é uma reação e não um oposto equivalente ao pensamento de direita

Cabe aqui (e essa distinção é mais fundamental ainda) ressaltar que a arte, na verdade, só prevalece nessa questão por conta do alcance que proporciona ao artista na mídia, pois se analisarmos a questão no âmbito do cidadão médio, essa diferenciação que faço já se encontra no tecido social do qual fazemos parte em nosso cotidiano. Esse é um dado interessante e que nos remete às definições de "político" e de "idiota" segundo o filósofo Mario Sérgio Cortella. No livro Política: Para Não Ser Idiota (2010), escrito com o também filósofo Renato Janine Ribeiro, ele explica:

(…) a expressão idiótes, em grego, significa aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política. No cotidiano, o que se fez foi um sequestro semântico, uma inversão do que seria o sentido original de idiota.

Em uma de suas famosas palestras, Cortella dá mais detalhes:

O filósofo argumenta que hoje em dia esse sequestro semântico criou a ideia de que aquele que pensa em política é um idiota, pois o padrão, obviamente, é o individualismo ideológico do liberalismo clássico. O termo “idiótes” designou, à época de Péricles, na Grécia Antiga, aqueles que estavam sempre voltados para suas necessidades privadas, individuais. Em plena efervescência da democracia grega, onde proliferava a discussão coletiva entre os patrícios para organizar e gestar a vida social da polis, essas pessoas eram completamente alheias e pensavam apenas em si mesmas. Esse termo (e aqui não é um falso binarismo como denuncio no texto "Emancipação e Cinismo") é o oposto equivalente do “politikós”. Se polis = cidade, então político = cidadão. Ou seja, aquele que escolhia não exercer a cidadania era um idiota voltado ao seu próprio umbigo e necessidades.

Obviamente, não podemos dizer que nossa direita se resuma a esse tipo específico de idiota, mas não podemos negar que ela parece ter esse idiotismo crônico em seu DNA. Grandes idiotas da história, para defender seu ‘umbiguismo’, tornaram-se ativamente políticos e formaram oligarquias fisiológicas impondo, seja por meio da força, persuasão ou dissimulações, seus interesses privados ao coletivo e conseguindo, inclusive, organizar a sociedade em função disso. Hodiernamente, Donald Trump seria um exemplo emblemático. Aqui no Brasil, um Jair Bolsonaro.

O que é preciso ficar claro, e aí sim se trata de um falso binarismo, é que o pensamento à esquerda (ao contrário do que muita gente propaga) é uma reação e não um oposto equivalente ao pensamento de direita, o qual se constitui naquilo construído ao longo do tempo sob os princípios duvidosos de propriedade privada e liberdade para alguns oligarcas e seus asseclas.

Embora no Brasil a direita assuma em diversas ocasiões um caráter caricato, há uma lógica intrínseca que é possível identificar. Pode-se tomar essa massa de idiótes desde aquele que não quer se meter na política e abomina a polarização ideológica que a mídia massifica cotidianamente, até aquele que de fato tem a perder e teoriza um corpo doutrinário de fundo para justificar seu estilo de vida baseado em exploração e concentração de renda. O espectro é amplo e engloba a maioria de nós e, claro, a maioria dos artistas.

Um dos aspectos mais recorrentes a que assistimos como instrumento de defesa dessa visão umbiguista dos idiótes é a incrível capacidade de criar espantalhos que desviem todos e quaisquer questionamentos sobre as condições de dominação e exploração nas relações sociais. É uma espécie de blindagem inexpugnável que dá a impressão que ou se aprende isso em algum curso (possivelmente ministrado pelo Olavo de Carvalho) ou o conceito de má-fé em Sartre possui uma precisão e amplitude tais que talvez nem ele próprio suspeitasse quando o desenvolveu. Óbvio que não se pode atribuir somente à direita esse lamentável expediente, mas que ela faz uso de maneira emblemática dele, disso também não podemos duvidar.

Fabricando o Ódio, Desqualificando Falas

Enfim, adentro o verdadeiro motivo pelo qual escrevi todas essas considerações iniciais. No dia 30/3/2016, o ator Wagner Moura publicou o artigo de opinião “Pela Legalidade”, na Folha de S.Paulo. Retomando o título deste texto que escrevo, penso que Wagner está para além da legalidade ao exercer um direito fundamental de se recusar a ser um idiota. Óbvio que os idiotas também têm direito de sê-los; isso é ponto pacífico. Mas meu incômodo está ligado muito mais às críticas dirigidas a ele, enquanto cidadão e artista que assume um posicionamento fora do padrão de idiotice vigente, do que na existência de idiotas, tanto de fato como de direito.

Vou me abster de citar blogs apócrifos (se é que seja possível usar esse termo dada a horizontalidade informacional que a internet proporciona), pelo fato deles se notabilizarem por abrigar ‘haters’ anônimos profissionais antitudo, mais especialmente e ultimamente, antiesquerda. Esses foram virulentos ao rechaçar o ator como um todo por conta do artigo citado. Para começar com um exemplo que penso ser significativo, cito o comentário do jornalista Claudio Tognolli da Jovem Pan. Assistamos ao vídeo:

A prova viva de que veículos de informação com concessão oficial podem ser dominados pela idiotice (nos termos em que Cortella nos ensina), a Jovem Pan abriga no mesmo espaço tanto Tognolli quanto Marco Antonio Villa, notório historiador e “hater” oficial de Lula e do PT. No entanto, Wagner Moura nem sequer apoia o governo (assim como esse que vos fala). Ao ler Moura, não só nesse artigo, mas em sua trajetória dentro das opiniões públicas que tem dado, nota-se uma extrema lucidez e cuidado com as palavras. Há argumentos no que ele diz e suas afirmações nunca estão acompanhadas apenas de adjetivações, mas trazem o cuidado de apresentar as bases pelas quais ele afirma o que afirma. Podemos, obviamente, não concordar, mas isso não nos dá o direito de eleger espantalhos e combatê-los como se fossem o núcleo do argumento apresentado. É uma questão de ética discursiva e honestidade intelectual. Tognolli, bem ao estilo dos idiotas, faz isso e nem fica constrangido, pois se pensa como detentor da verdade dos fatos contra um reles artista comprado pelo governo do PT. O fato de o ator ter sido beneficiado pela lei Rouanet e ser capaz de fazer críticas duras ao governo petista seria muito mais notícia caracterizadora de seu caráter independente e crítico do que pinçar as críticas que ele faz ao emburrecimento do país e acusá-lo de estar comprado pelo governo. É de um enviesamento tal que somente a desonestidade ou a má-fé poderiam explicar. Em momento algum no comentário de Tognolli ele ataca os argumentos de Moura, mesmo os que, de forma enviesada, foram selecionados por ele próprio. Sua preocupação parece ser, claramente, desqualificar o agente da fala, pura e simplesmente.

Podemos, obviamente, não concordar, mas isso não nos dá o direito de eleger espantalhos e combatê-los como se fossem o núcleo do argumento apresentado. É uma questão de ética discursiva e honestidade intelectual

Mas o mais alarmante é que esse novo argumento da lei Rouanet usado não só por Tognolli como por dez entre dez pessoas favoráveis ao impeachment contra todo e qualquer artista que se posiciona contra um impedimento sem crime de responsabilidade cometido, não faz o menor sentido. A lei prevê três tipos de financiamentos à cultura através do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) — Lei Rouanet: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), o mecenato e os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart). Somente o primeiro, o FNC, recebe recursos diretamente do Estado. Aos outros dois são previstos incentivos fiscais para que empresas, pessoas físicas e fundos de investimentos criados por instituições financeiras possam financiar a arte do país. Assim sendo, se o beneficiado pela lei Rouanet o for por mecenato ou pelo Ficart, quem escolhe o artista a ser beneficiado não é o governo, mas a empresa que irá destinar recursos ao projeto e solicitar o incentivo fiscal. O governo não olha o artista a ser beneficiado, mas se a empresa cumpriu os requisitos previstos na lei. Portanto, qualquer um que faça essa associação entre interesse particular e apoio ao governo sem sequer saber de que forma os recursos postos à disposição do agente da fala foram disponibilizados, no mínimo, comete uma tremenda desonestidade. Outra questão é que mesmo que o artista em questão seja beneficiado pelo FNC, seria pressupor um interesse como dado para formar um juízo de que aquilo que o artista fala tem como intenção manter seus recursos. Ou seja, outra desonestidade dando como certa uma desonestidade possível. Parece que a extrema capacidade de distorção e difamação não falta entre os idiotas.

Esse tipo de argumento torpe (se é que se pode chamar de argumento) despreza totalmente o fato de que é possível não apoiar o governo e mesmo assim pensar que seja errado um impeachment sem crime de responsabilidade ferindo a legalidade do rito previsto. Despreza também (talvez até por parecer impossível a um idiota) o fato de alguém que se beneficia de uma lei (pré-existente a um governo) ser capaz de criticar o governo vigente sem comprometer seus juízos. É um tipo de raciocínio que se blinda a partir da depreciação do outro pelo simples fato dele pensar diferente daquele que o tem. É o típico pensamento que parte de pressuposições não verificadas para que, tomadas como verdade, sirvam de base para juízos que desqualificam o outro, mas nem sequer leva em conta o que foi dito.

É essa blindagem sistemática, cotidiana e massificada pelos veículos oficiais de comunicação que dá o tom das atuais manifestações pelo impeachment sem que os ‘neutros’ e ‘indignados’ se deem conta do quanto estão sendo manipulados para eleger culpados de forma seletiva e interesseira. E essa ignomínia não se restringe apenas aos potencialmente culpados (mesmo que não o sejam sozinhos), mas a todo e qualquer cidadão (politikós) que tenha a ousadia de criticar ou questionar a maneira pela qual as coisas acontecem no país. São tempos tenebrosos de um macarthismo tupiniquim que poderia gerar risos, mas está fabricando ódio sem parar.

Outro jornalista que se notabilizou por ser um ícone da idiotice da direita e que escreveu sobre o artigo de Wagner Moura foi Reinaldo Azevedo, da Veja. Em um veículo que chegou à excelência de ter sua capa refutada antes mesmo de sair às bancas (no caso do boato sobre a fuga de Lula para a Itália — leia aqui), um de seus principais articulistas (depois da demissão inexplicável, mas meritocrática de Rodrigo Constantino), Reinaldo Azevedo escreveu no dia 30/3/2016 um texto intitulado “Desconstruindo um artigo imbecil do ator Wagner Moura contra o impeachment”.

No mesmo expediente pobre de desqualificação sumária daquele que discorda de seu magnânimo pensamento, Azevedo questiona até se Moura teria escrito sozinho o artigo. Além disso, insiste em fazer entender que o raciocínio de Moura teria como corolário que um governo que tira 54 milhões da fome, mesmo que roube, não pode ser punido ou investigado: “Quando um governo realiza uma obra social que Moura aprova, ainda que seja ladravaz, não pode ser deposto”.

Foi isso mesmo que Moura quis dizer ou é esse mesmo o corolário lógico possível que se pode depreender de sua fala? Moura diz:

Embora me espante o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da miséria e deu oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país, não nego, em nome dessas conquistas, as evidências de que o PT montou um projeto de poder amparado por um esquema de corrupção. Isso precisa ser investigado de maneira democrática e imparcial.

De onde é possível extrair (a não ser a partir de uma desonesta e despropositada intenção de desqualificar alguém que não comunga de sua forma de pensar) que ao dizer isso ele esteja dizendo que um governo que tira pessoas da fome não pode ser investigado e, mesmo, deposto? A posição de Moura contra o impeachment, em todo o texto, parte do pressuposto de que não há crime provado contra a presidente no exercício de seu cargo. E não há. O fato de Azevedo pensar que as “pedaladas fiscais” se constitui crime de responsabilidade não o torna crime de responsabilidade somente porque ele quer. Não há consenso entre os juristas sobre isso e, particularmente, penso alinhado a Ciro Gomes, que argumenta que é necessário ser provado o dolo no ato. Se for crime, não é de corrupção. Mas aceitar que ele seja analisado, julgado e decidido por corruptos é que dá o tom bizarro de todo esse processo cujas pessoas começam a se dar conta de sua imoralidade e ilogicismo.

Por outro lado, e por fim, emblemático foi outro artigo escrito pelo autointitulado “liberal” Rodrigo Constantino que preparou uma espécie de index contra os artistas que ele classifica como “petralhas”. Constantino que, textualmente, diz não se importar em ser o “McCarthy do Brasil”, afirma:

Eles precisam sentir que não terão sossego, não terão paz enquanto usarem sua fama e seus canais para fomentar um verdadeiro golpe comunista. Eis a turma de petralhas, escancarados ou enrustidos, que consegui lembrar com a ajuda de alguns leitores.

Ele começa o texto dizendo que o PT teria declarado guerra contra o Brasil decente e honesto. Como se não bastasse, esse blogueiro (já que foi demitido da Veja há alguns meses) ainda incita o “Brasil decente e honesto” a agressões covardes: “O desprezo público também é muito bem-vindo, como vaias, olhares hostis e até xingamentos”. Veja a lista de Constantino:

Chico Buarque
Luis Fernando Verissimo
Fernando Morais
Gilberto Gil
Preta Gil
Wagner Moura
Jô Soares
Marieta Severo
José de Abreu
Camila Pitanga
Gregorio Duvivier
Laerte Coutinho
Tico Santa Cruz
Luiz Carlos Barreto
Paulo Betti
Carlinhos Brown
Alcione
Beth Carvalho
Xico Sá
Marilena Chauí
Vladimir Safatle
Dinho Ouro Preto
Chico César
Osmar Prado
Tonico Pereira
Cristiana Lôbo
Leonardo Boff
Juca Kfouri
Leonardo Sakamoto
Pablo Villaça
Luiza Trajano (Magazine Luiza)
Paulo Henrique Amorim
Luis Nassif
Paulo Nogueira Batista Jr.
Leonardo Attuch
Kennedy Alencar
Viviane Mosé
Mario Sergio Conti
Barbara Gancia
Chico Pinheiro
Guilherme Boulos
Paulo Moreira Leite
Luiz Gonzaga Belluzzo
Luís Carlos Bresser-Pereira
Delfim Netto
Miguel Nicolelis
Letícia Sabatella
Renato Janine Ribeiro
Mário Sérgio Cortella
Frei Betto
Emir Sader
Marcelo Adnet
Mino Carta
André Singer
Laura Carvalho
Maria Rita Kehl
Fábio Konder Comparato
Felipe Santa Cruz

A idiotização do “Brasil decente e honesto” está recrudescendo a olhos vistos a cada dia. Por isso esse texto, por mais extenso que tenha sido, apenas clama por mais Wagners, Gregórios e por mais artistas, pensadores e cidadãos constantes na lista ou fora dela que promovem a “desidiotização” de nosso país. Isso é urgente e espero um dia fazer parte dela.

Gilberto Miranda Junior é licenciado em filosofia pelo Centro Universitário Claretiano, estudou ciências econômicas na Universidade Guarulhos (UnG) e é membro pesquisador do Centro de Estudos em Filosofia (CEFIL), ligado à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

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Gilberto Miranda Junior
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Licenciado em Filosofia, estudou Ciências Econômicas e participa como pesquisador do CEFIL (Centro de Estudos em Filosofia), registrado no CNPQ e ligado à UFVJM