Com custo menor, outlets levam marcas de destaque a preços baixos
Os outlets são modelos de centros comerciais similares aos shoppings centers, mas com o diferencial do baixo custo de operação que reflete em preços menores em produtos de marcas conceituadas
Em paralelo aos conhecidos shoppings centers, inseridos em áreas movimentadas das cidades e reunindo grandes lojas, serviços, cinemas e outras atividades, estão os chamados outlets, comumente erguidos nas saídas das grandes cidades ou regiões metropolitanas. Esses centros comerciais têm como foco a ida do público com o intuito de realizar a compra de um ou mais produtos, comercializados a preços mais baixos do que nas lojas das mesmas marcas presentes nos shoppings convencionais.
Segundo a Agência Brasileira de Outlets (About), entre os outlets e os shoppings centers convencionais não há uma competição direta na busca por venda. Os fatores que contribuem para a convivência de ambos os modelos são os produtos vendidos, a localização — ou a distância entre os empreendimentos, em alguns casos — e os interesses pelos quais o público vai a cada um desses modelos de centros comerciais.
Os outlets são construídos em áreas mais afastadas dos grandes conglomerados urbanos, o que implica em terrenos relativamente mais baratos, além disso, o formato como são construídos, dispondo as lojas em frente ao estacionamento em áreas de circulação fácil e com no máximo dois pavimentos — o que significa menos utilização de ar-condicionados nos corredores, maior presença da iluminação natural e poucas escadas rolantes — incidindo em um baixo custo operacional quando comparado ao de um shopping center convencional.
Pelo custo mais baixo, marcas conceituadas — como Asics, Adidas, Levis, MMartan, entre outras — se instalam nos outlets e vendem seus produtos a preços menores do que nas lojas convencionais. A About destaca que o modelo de negócio proposto por esses centros comerciais gera vantagens tanto para o empresário, quanto para o cliente. As empresas abrem unidades onde podem continuar vendendo produtos de coleções anteriores — aquelas peças que saíram das vitrines para dar lugar a lançamentos; e o cliente pode ter acesso a itens de marcas consagradas com preços até 30% menores que nas unidades convencionais.
Outlet em Aracaju
O entendimento de que os centros comerciais conhecidos por outlets somente são construídos longe das capitais ou grandes centros urbanos está sendo revisto pelos empresários e a mudança está começando pela capital sergipana. O Grupo Celi, em parceria com a About, desenvolveu o projeto do primeiro outlet urbano do país, o City Outlet Aracaju.
O empreendimento já tem projeto pronto e local definido. Estão previstos 57 espaços para lojas, oito operações de serviços e dez fast-foods — restaurantes de comida rápida dispostos em uma praça de alimentação — e o outlet será erguido na região do Centro Administrativo — onde funcionam órgãos e instituições da administração estadual e federal; próximo a entrada da capital sergipana.
A empresa aguarda a emissão de todas as licenças dos órgãos ambientais para iniciar as obras que pretendem ser concluídas até o final de 2019. No lançamento do City Outlet Aracaju, em fevereiro deste ano, o diretor da About, André Costa, relembrou a relação entre aprovação da documentação com o tempo de construção e enfatizou que há o interesse dos empresários pelo empreendimento.
“O cronograma é de 12 meses de construção. O que determina alguma variável para mais tempo são as permissões e aprovações, mas o tempo é de 12 a 18 meses. Nós queremos antecipar o máximo, até porque os varejistas, as empresas de modo geral, querem vir para cá”, destacou.
No pré-lançamento do empreendimento, em setembro do ano passado, o diretor de novos negócios da Celi, Wagner Júnior, reiterou o modelo de funcionamento desse tipo de centro comercial. “O Outlet nasceu para oferecer marcas conceituadas com o melhor preço, além de ser a tendência mais atual no mundo inteiro. É mais um projeto inovador que o Grupo Celi traz para os sergipanos”.
