Carta a Yel Luzbel

Luiz Carlos Alba
Plus Ultra Revista
Published in
3 min readDec 19, 2019

É com muito custo, de susto em susto que aos poucos vamos pintando o quadro de nossas vidas.

Nós, sendo o pintor a e própria obra, por vezes desavisados ou então não pretendido, penso até temido por aqueles que não querem ser o responsável pelas próprias pincelada já que é muito fácil seguir um padrão, ser o “varão” de um ser lúdico. Em perceber isso até que me foi dado fácil, estava em mim e agora posso ver, o difícil e penoso foi esconder do jugo dos mais próximos essa “equação”, hoje sei, também se tratar de uma ’marcação’, que doravante vou colher. palavras ao vento.

“Quem encontrar a interpretação dessas sentenças não experimentará a morte

Que aquele que busca não cesse de buscar até encontrar

Quando encontrar, perturbar-se-á

Quando se perturbar ficará maravilhado e reinará sobre o todo.”

“Conheceis oque está perante a sua face, e o que vós está oculto ser-vos-á revelado, porque nada há oculto que não seja revelado.”

(“Assim disse Jesus no evangelho de Tomé.”)

Permite-me aqui, a quem possa ler. sou um humilde ser que não sabe quem é e com doses avançadas de ousadia, faço uso da leitura de Jeane Miranda do livro “A Revolta do Anjo Descaído”, palavras para assim homenagear quem agora posso ver, ser personagem principal de desdobramentos e trajetórias ainda desconhecidos ao que ele então percebeu?, e deu inicio a que hoje entendemos como a rebelião de Lúcifer.

Em ter lido “Jesus e o Druida da Montanha” de “Ellam”, é contada a trajetória do ainda jovem Jesus, em caravana com José de Arimatéia na busca de novos elementos e particularidades da obra do senhor Javé o “Demiurgo”, Foi então nos dado perceber que o mestre Jesus estava apenas dando inicio a sua peregrinação em busca de condições de lidar com sua origem divina tendo então difícil e pesado legado pela frente, foi ele então em busca de conhecimento.

Em tendo decorrido todos os desdobramentos posteriores que estamos carecas de saber, então o mestre Jesus ressuscitado nos deixou uma das mais belas e enigmáticas palavras a qual usei anteriormente e me veio a seguinte observação. Foi graças a Yel Luzbel?, com seu esforço de busca, e em constatação em constatação, frutos dos desdobramentos que ainda colhemos por aqui?, e foi também o inicio da queda das cortinas?, onde ascendeu as primeiras luzes?.

Assim ascenderam as luzes ainda que opacas, mas que nunca se apagaram.

Teria então, Jesus constatado isso graças a ruptura promovidos por Yel Luzbel?. dado isso enfim o deslacre, que mais tarde povoou nesse planeta azul até os dias presentes?.

Foi então herança do sangue helênico, descendentes de Pandora, onde Maria mãe de Jesus portava e deu suporte e autonomia ao Livre pensar de Jesus? Eu penso que sim, me perdoem se estiver errado.

Ó Yel Luzbel finalmente posso te ver.

Arremessado como um foguete, tive noticias de você cair

Fostes feito tão belo, feito a própria luz do conhecimento

Como pode então tanto pesar?, de histórias em histórias

Colecionando lembranças, de choque em choque a ruptura aconteceu, se ascendeu.

Criados para servir fomos forjados no fogo pela dor

Ó Leônidas, de punho cerrado, a espada ardendo em fogo

Com urros de liberdade! vejo então você, meu irmão.

Um amontoado de corpos assim estava tudo consumado

Com “olhos abertos” assim se findou, a liberdade prevaleceu!

Ainda sinto sangue correr pela garganta, ainda sinto fio da espada

Ó Yel Luzbel, eu faria tudo de novo, sem hesitar, sem mais

Agora enfim posso te ver, não vão mais nos intimidar, não podem mais, acabou.

E aos que junto caíram, impulsionados pela cota da imperfeição

Foi a pólvora meu irmão, a arder sem questão, em proporção.

Ó Yel Luzbel, assim posso te ver, assim é melhor te ver

Em fim um novo ser.

Foi a “liberdade” o legado deixado para nós, de Yel Luzbel, oque foi feito dela ou ainda vamos aqui fazer nos rincões desse universo não sei, como diz Ellam, “a vida é para nós oque cada um fizer com ela.”

Luiz Alba

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