Dá-me sua mão
Dá-me sua mão
(Priscila Vaz Diana)
E eu te levarei por veredas aonde nem sequer imaginas ir…
Vai mais além, aquém de sí, dos limites da imaginação onde o verbo não é mais…
E a forma é a fôrma do sentir,
Sentir a distância ficar próxima…
E agora? Por onde andas?
“Derretendo-se nas ondas da criação, dissolvendo-se nas formas e transformando-se no perdão…”
Vai mais além;
Não se vê a chuva na escuridão, mas se sente tal substância preciosa,
se quiser torná-la milagrosa; acendas a luz do coração…
Agora voe ao não imaginado;
retornando ás origens, aonde o verbo foi criado;
Chegando lá não questione,deixe-se de lado, sinto o significado…
Sinta-se honrado de estar vivenciando o tudo e o nada, o inexplicado.
“A manta que aquece, a mão que dignifica, o coração que abençoa, a voz que comanda, a mente que cria, a luz que ilumina, a alma que morre, o espírito que se liberta, a vida que desperta, a semente que germina, o solo que acolhe e novamente a mão que recolhe o brilho do universo…”
Na palma da mão o ponto de união e dispersão formando vida a cada pulsação…
Agora vai, recriando a Criação;
Recria-me no ritmo de tua pulsação,
no sangue bombeado incentiva o embrião a compreender seu destino eterno.
A união que faz do homem a substância que se derrete e se molda nas minhas mãos para simplesmente ser, mesmo na pluralidade das existências,
onde conheces a resistência e sofres a ausência.
Ainda assim és a substância preciosa;
És o pão, a substância que aquece e alimenta o coração.