Dá-me sua mão

Priscila Vaz Diana
Plus Ultra Revista
Published in
2 min readJun 14, 2020

Dá-me sua mão

(Priscila Vaz Diana)

E eu te levarei por veredas aonde nem sequer imaginas ir…

Vai mais além, aquém de sí, dos limites da imaginação onde o verbo não é mais…

E a forma é a fôrma do sentir,

Sentir a distância ficar próxima…

E agora? Por onde andas?

“Derretendo-se nas ondas da criação, dissolvendo-se nas formas e transformando-se no perdão…”

Vai mais além;

Não se vê a chuva na escuridão, mas se sente tal substância preciosa,

se quiser torná-la milagrosa; acendas a luz do coração…

Agora voe ao não imaginado;

retornando ás origens, aonde o verbo foi criado;

Chegando lá não questione,deixe-se de lado, sinto o significado…

Sinta-se honrado de estar vivenciando o tudo e o nada, o inexplicado.

“A manta que aquece, a mão que dignifica, o coração que abençoa, a voz que comanda, a mente que cria, a luz que ilumina, a alma que morre, o espírito que se liberta, a vida que desperta, a semente que germina, o solo que acolhe e novamente a mão que recolhe o brilho do universo…”

Na palma da mão o ponto de união e dispersão formando vida a cada pulsação…

Agora vai, recriando a Criação;

Recria-me no ritmo de tua pulsação,

no sangue bombeado incentiva o embrião a compreender seu destino eterno.

A união que faz do homem a substância que se derrete e se molda nas minhas mãos para simplesmente ser, mesmo na pluralidade das existências,

onde conheces a resistência e sofres a ausência.

Ainda assim és a substância preciosa;

És o pão, a substância que aquece e alimenta o coração.

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