Onde é que isso vai parar?
Um festival brasileiro, oito projetos gringos e uma profissão em crise (Ou: que jornalismo você deveria acompanhar daqui pra frente)
Por Daniel Salgado
Uma matéria comum na revista piauí, que talvez publique o melhor jornalismo brasileiro, começaria mais ou menos assim:
Era uma fria tarde de sábado no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais da cidade de São Paulo. Uma manifestação pelo impeachment da presidenta acontecia a alguns quarteirões dali, na Avenida Paulista. Os arredores do Parque Trianon exalavam tranquilidade. Nada fora do ordinário. O que não se pode dizer do auditório nobre do colégio, espaço com poltronas de couro vermelho e brasão florentino encrustado no teto, que estava lotado com mais de 300 pessoas. Pessoas que pagaram algumas centenas de reais na busca de uma mesma coisa: saber se o jornalismo ainda tem jeito.
Fica muito bom, quando bem feito. Jornalismo literário é outro nível, mas como eu sou capiau na profissão — e com orgulho — , faço meu lide (parágrafo introdutório, para os não iniciados nos jargões jornalísticos) bruto mesmo.
No último fim de semana (15 e 16 de novembro) a Revista Piauí organizou um evento sem precedentes na cidade de São Paulo. Um festival de jornalismo que tinha um só propósito: tentar entender como diabos o jornalismo vai superar a maior crise de sua história. Afinal, qualquer um que acompanhe a indústria sabe que o dinheiro fica cada vez mais curto para jornais e revistas, as propagandas para sites não rendem tanto e o passaralho voa descontrolado por redações no mundo todo.
Para discutir o problema, o festival contou com oito debates, cada um deles com um palestrante estrangeiro e dois mediadores brasileiros. Cada uma das conversas foi capaz, à sua maneira, de trazer um caminho possível para o jornalismo bem-feito do futuro.
E como todo mundo merece saber o que esperar de suas notícias daqui pra frente, vamos destrinchar cada um dos projetos apresentados.
Laura Zommer e o Chequeado
“Se vamos checar uma informação, a primeira coisa que fazemos é telefonar para a pessoa e dizer: ‘De onde vieram esses dados?’. As respostas variam entre pessoas que não nos respondem ou as que jogam a toalha e dizem: ‘vocês me pegaram no flagra!”
Vamos checar todas as declarações feitas pelos políticos. Uma ideia simples, mas que demorou muitos anos se tornar realidade. Ainda que confirmar ou desmentir políticos seja uma atividade comum no jornalismo, dedicar pessoas — ou até uma redação — para tirar a limpo TUDO o que é dito por eles nunca tinha sido feito, pelo menos não na América do Sul. E o Chequeado foi o primeiro a suprir essa lacuna. Com uma equipe dedicada ao fact-checking dessas declarações, o site categoriza cada uma delas entre Verdadeira e Falsa, com variações como Exagerado ou Enganoso.
O que isso tem de novo? O Chequeado — e o preto no branco, no Brasil — faz algo que o jornalismo já deveria estar fazendo há séculos, sendo parte de sua missão social. Dão apoio à população para que ela não caia na balela que os políticos tanto contam.
Por que ele importa para o futuro do jornalismo? O jornalismo, apesar da crise, tem uma missão social inerente. Ele informa, analisa discursos, acontecimentos e tenta trazer à população um diálogo sobre a realidade, e isso inclui levar a debate a politica na esfera pública. O que o Chequeado faz, então, é parte do cerne do jornalismo. Ele mostra que ainda há espaço para novidade na missão social da profissão e que certas coisas são basicamente impossíveis de serem feitas por diletantes. Um trabalho desses só é possível no fazer jornalístico, e a sociedade sempre vai precisar dele.
Por que eu deveria acompanhar o Chequeado? Bem, talvez você não devesse. Afinal de contas, é sobre os políticos argentinos. Mas você deveria acompanhar a “versão brasileira” Preto no Branco, da jornalista Cristina Tardáguila, do Globo.
É 0800? Claro!
5 leituras que vão te convencer: Nesse caso, é melhor deixar o link da página. O ideal, mesmo, é acompanhar. Chequeado / Preto no Branco
Andrei Scheinkmann e o 538
“Um bom gráfico consegue passar tão bem o dado quanto uma matéria tradicional.”
O portal (ou blog) 538 (lê-se “FiveThirtyEight”) é o projeto do americano Nate Silver para tentar espalhar ao máximo o jornalismo de dados. Nate, que começou fazendo previsões assombrosas e baseadas em estatísticas sobre baseball, acabou sendo capaz de quase “prever” as eleições americanas usando métodos parecidos. Ele acertou a escolha de 49 dos 50 estados. No 538, o espaço para jornalismo de dados — encarado, por muitos, como o novo salvador da profissão — é total. Andrei, convidado da Piauí, é um dos editores do site e o diretor de dados.
O que isso tem de novo? Coisa para caramba. Jornalismo de dados, de fato, não é uma novidade. Porém é uma área que vive um boom enorme, com o 538 encabeçando essa transformação. Nate foi um dos primeiros a mostrar que jornalismo e estatística podem se juntar de maneira efetiva em quase todo tipo de matéria — e que os resultados também podem ser bem precisos.
Por que ele importa para o futuro do jornalismo? Além de estar na vanguarda, o 538 tem um padrão de qualidade invejável. O departamento de visualização de dados dos caras talvez seja o melhor do mundo, e eles são a prova de que é possível aliar conteúdo matemático com matérias para todo tipo de público.
Por que eu deveria acompanhar a 538? O portal faz cobertura de política — americana, é verdade —, esportes, estilo de vida, economia e ciência com uma qualidade assombrosa e de uma maneira que pouquíssimos outros fazem. Muitas das pautas que eles trazem não têm espaço nos outros lugares justamente pelas novas possibilidades oferecidas pelo jornalismo de dados. É quase o futuro passando frente aos nossos olhos.
É 0800? Sim!
5 leituras que vão te convencer: Uma análise no mercado de revenda de tênis da Nike e Adidas / Os nomes mais comuns dos Estados Unidos / Novos caminhos do futebol inglês / Uma aposta errada: o Brasil ia ganhar a Copa / Nós ainda não somos capazes de prever terremotos
Max Fisher e o Vox
“A maior parte das matérias excluem os leitores que não conhecem o histórico do assunto. Se você apresentar [o contexto] do jeito certo, pode fazer as pessoas se interessarem por assuntos sérios.”
Vox é um projeto simples. Como eles mesmos definem: um site de notícias gerais que tenta explicar o que diabos está acontecendo. Parece pouca coisa, mas não é. Max Fisher, um de seus criadores, explica que para que isso seja feito, um trabalho de projeto gráfico é necessário. Matérias explicativas requerem, muitas vezes, um tamanho gigantesco e, para que o leitor não perca o interesse, a apresentação tem que ser a melhor possível. Também é necessário que o jornalista não finja saber o que seu leitor sabe.
O que isso tem de novo? São poucos os veículos que, de fato, tentam explicar tudo para o leitor, seja qual for sua dúvida. O Vox se propõe a isso, sem que seja simplista, aliado a uma proposta visual, algo importante para qualquer projeto na internet. Além disso, sua plataforma de publicação CHORUS é uma das mais refinadas do jornalismo atual e permite que o repórter tenha bastante liberdade para construção visual da sua reportagem.
Porque ele importa para o futuro do jornalismo? Todas as iniciativas aqui parecem simples, mas requerem uma visão forte de que o jornalismo deve estar a serviço do leitor. Além disso, ver um projeto bem sucedido de jornalismo explicativo em formato longo que tenha tido milhões de visualizações em menos de um ano é quase o futuro em pessoa. Além disso, o Vox aposta em atualização constante — usando seu sistema de bilhetes — , algo muito pouco explorado no jornalismo web atualmente.
Porque eu deveria acompanhar o Vox? O Vox não quer dar furos. Ele quer entender e explicar para o leitor o que causa um fato e o que pode sair dali. É um jornalismo que serve para absolutamente todos os leitores. Além de ter uma funcionalidade de “base de informações” para ser consultada conforme as coisas mudam.
É 0800? De grátis.
5 leituras que vão te convencer: 21 mapas e gráficos sobre Ebola / Tudo sobre os projetos de imigração no governo Obama / Dentro da ala gay e trans das prisões de L.A / 21 mapas sobre obesidade e perda de peso / O que é casamento do mesmo sexo?
Pamela McCarthy e a New Yorker
“O mantra era que a informação tinha de ser gratuita, mas nós acreditávamos que não este tipo de informação. Dados crus devem ser gratuitos, mas a escrita tem um valor que deve ser levado em conta.”
Eu sei o que você deve estar pensando: “Porra! The New Yorker? Os caras foram fundados em mil novecentos e guaraná com rolha e vocês tentando me convencer de que são o futuro? Sim e não.
Não no sentido de que, de fato, a New Yorker não faz jornalismo novo. Aliás, seus parâmetros para reportagem, edição, checagem e redação são bem tradicionais e serão por um longo tempo. Mas sim porque eles são a prova viva de que o nascimento do novo jornalismo não significa a morte do antigo. A transição para o século XXI pode ser bem sucedida.
Para falar disso, a Piauí chamou Pamela McCarthy, uma peso-pesado do mundo editorial americano e editora-adjunta da revista nova-iorquina há quase 20 anos. Já não bastasse, ela foi a responsável por encabeçar a transição da revista New Yorker para a internet e todo tipo de tablet que se possa imaginar.
O que isso tem de novo? Novo, novo mesmo, pouca coisa. São conceitos conhecidos. Revista tradicional vai em em direção à web e faz um site, aplicativos e conteúdo exclusivos. Só que se as outras publicações fazem o processo aos trancos e barrancos, a New Yorker não. A ida para o digital foi completa, natural e capaz de manter o formato da revista tanto na internet, quanto no tablet e no impresso, além de produzir conteúdo de altíssimo nível exclusivamente para a web.
Por que ela importa para o futuro do jornalismo? De todas as iniciativas apresentadas no festival, essa talvez seja a mais importante. As outras, apesar de inovadoras e promissoras, ainda buscam conseguir dinheiro para se manter e empregam uma redação de tamanho médio. A transição bem sucedida da New Yorker — que tem tido o lucro mais alto da história — significa que ainda há espaço para um veículo que emprega centenas de jornalistas e consegue pagar as contas no fim do mês.
Por que eu deveria acompanhar a New Yorker? A New Yorker é a melhor revista de jornalismo investigativo e cultural do mundo. Janet Malcom e John Hersey são alguns dos nomes que já passaram por ali. O departamento de checagem deles é lendário, o que permitiu aos caras fazerem jornalismo em formato longo de altíssimo nivel e de forma constante. E se nada disso te convencer, dê uma chance aos quadrinhos da revista, que são sempre muito engraçados.
É 0800? Mais ou menos. Na semana passada, a revista começou a usar o modelo de paywall (leia um número x de matérias de graça naquele mês/semana e, depois, pague para continuar tendo acesso). Eles também soltam algum material do arquivo para leitura gratuita de tempos em tempos.
5 leituras que vão te convencer: Uma reportagem em profundidade sobre o mandato de Obama, escrita pelo atual diretor da revista, David Remnick / Perfil do ator Cary Grant, escrito em 1975 / Perfil da bailarina Isadora Duncan, de 1927 / Perfil sobre Chris Rock, de 2014 / Uma reportagem recente sobre a crise em Jerusalem
Evan Ratliff e o Atavist
“Não fazemos reportagem multimídia. Desenvolvemos um design artesanal pensado para cada reportagem, de modo que os leitores tenham a melhor experiência possível.”
O que isso tem de novo? O The Atavist tem duas frentes. A primeira inova no jornalismo em formato longo com diversas abordagens e usando um serviço de compra de cada artigo. A segunda, que é também uma nova plataforma, serve para qualquer jornalista — ou escritor — do mundo montar sua própria reportagem ou texto. A Creatavist é parecida com o Medium, mas dá mais controle ao usuário — que, em contrapartida, pode ter de pagar por isso e não precisa fazer parte de uma rede social para utilizar o serviço.
Por que ela importa para o futuro do jornalismo? Jornalismo em formato longo realmente longo (com mais de dez mil palavras) é raro, e ainda mais raro em plataformas digitais. O Atavist serve de exemplo para mostrar que ele pode, sim, se adaptar à web com novas funcionalidades e sem perda qualidade. Também mostra um modelo de receita que visa ser rentável.
Por que eu deveria acompanhar o Atavist? Bem, aí depende. Você gosta de reportagens longas, em profundidade? Se sim, então é o lugar certo. Existe um pouco de tudo ali e os textos são todos de alta qualidade.
É 0800? Infelizmente, não. Cada história pode custar de 3,99 dólares até US$9,99.
5 leituras que vão te convencer: Bem, elas são pagas, então você tem que fazer um investimento básico. Por isso, vou sugerir 5 recomendadas pelo próprio fundador, Evan. Não tem erro. Ele sumiu por um ano da internet e desafiou todo mundo a encontrá-lo / A baleia mais solitária do mundo / Como explodir um cassino / Hipopótamos nos Estados unidos? / O amante da minha mãe
Carlos Dada e o El Faro
“Tentamos fazer um trabalho aprofundado de investigação que dura meses e às vezes passa por vários países. Dedicamos tempo suficiente à matéria com uma ambição narrativa muito grande.”
El Faro é um portal de notícias fundado em El Salvador no longínquo ano de 1998. Fazendo o que poucos fazem, jornalismo investigativo de “alta periculosidade”, é pioneiro em toda a América Latina, tendo inclusive ganho prêmios na categoria. Ele é um exemplo fortíssimo de que jornalismo de alta qualidade que pode nos inspirar não precisa vir só dos EUA. Aqui, no tercer mundo, não faltam coisas boas.
O que isso tem de novo? Pouco. É jornalismo investigativo da gema. Mas é inovador por ser o primeiro site desse tipo da América Latina e o primeiro a fazer jornalismo independente. Ainda mais se tratando da América Central, que tradicionalmente não tem tanto espaço para esse tipo de conteúdo.
Por que ele importa para o futuro do jornalismo? Mostra que mesmo abordagens mais tradicionais de conteúdo têm sim espaço e longevidade na internet sem precisar de uma contrapartida impressa. El Faro é 100% digital e uma referência em El Salvador.
Por que eu deveria acompanhar o El Faro? El Salvador, apesar do que possa parecer, tem muito em comum com o Brasil. Sua história de desigualdade, violência e corrupção política lembra muito nosso país, só que numa versão mais intensa. As histórias humanas e sociais que o Faro contam podem nos fazer pensar bastante sobre nossa própria condição.
É 0800? ¡Sí!
5 leituras que vão te convencer: O massacre de El Mozote / Os 10 melhores discos salvadorenhos / Iconoclastas / Legião de removidos / Os desaparecidos não existem no país mais violento do mundo
Stephen Engelberg e o ProPublica
“Não escrevemos editoriais, não damos a resposta certa, mas a gente põe o holofote nas coisas que estão visivelmente quebradas.”
O ProPublica, fundado em 2007, foi o primeiro veículo completamente digital a ganhar um Pulitzer, em 2010 e 2011. Já é credencial suficiente. O portal foi fundado por dois ricaços americanos que queriam fazer uma plataforma de jornalismo investigativo “clássico” sem fins lucrativos. Para isso, recrutaram, entre outros, Stephen Engelberg, veterano de 18 anos de New York Times e fundador do setor de jornalismo investigativo do jornal. A ProPublica faz parcerias com todo tipo de veículo de comunicação não web para que suas histórias — que levam meses para serem feitas — possam ter o maior alcance possível.
O que isso tem de novo? Bem, o jornalismo investigativo, em si, não é novidade. Aliás, é uma constante por aqui. O que o ProPublica faz que ninguém mais faz é a colaboração. Eles chegam com as pautas — muitas vezes com meses de investigação rolando — e propõem parcerias com jornais, rádios e emissoras televisivas para dar um alcance maior às reportagens. É tudo para o público. Nessas parcerias, inclusive, produtos em outras mídias são criados para deixar os projetos mais interessantes, vide parcerias com a NPR e a Frontline.
Por que ele importa para o futuro do jornalismo? O mercado altamente competitivo tem que acabar. O jornalismo pode e deve se fazer valer de interações, de parcerias, tudo o que for possível para que as reportagens possam ser mais completas, e a ProPublica é sem dúvida nenhuma uma das pioneiras nesse tipo de iniciativa.
Por que eu deveria acompanhar o ProPublica? É jornalismo investigativo como poucos no mundo. São reportagens profundas e muito bem escritas com fortes implicações sociais e políticas. A equipe deles conta com alguns dos melhores jornalistas na área, e não há motivo para não conferir o trabalho deles. Cada pauta dá muito pano para manga e o site não tem medo de voltar a elas para atualizar as coisas. Algumas séries têm centenas de matérias.
É 0800? Pode crer que sim.
5 leituras que vão te convencer: Quem vive ou morre em um hospital sem recursos? / Firestone e a crise na Libéria / Outras faces da Cruz Vermelha / Racismo nos EUA / A indústria farmacêutica e grana pros médicos
Nikil Saval e a n+1
“Nos primeiros quatro anos, tínhamos o site mais horroroso de todos os tempos. Era um motivo de orgulho, sinal de nossa seriedade intelectual.”
A n+1 é uma revista de ensaios. Sim, e-n-s-a-i-o-s. Então o que ela estava fazendo num festival de jornalismo? Bem, o jornalismo também pode ser ensaístico. Engajada política e culturalmente, a n+1 publica um jornalismo diferente, trabalhado em uma forma que não é comum. Isso, no entanto, não impede que ela, fundada há 10 anos, tenha um impacto grande em movimentos americanos como o Occupy Wall Street e que funcione quase com táticas de guerrilha.
O que isso tem de novo? Numa época em que novas e velhas revistas somem num piscar de olhos, a n+1 é um peixe fora d’água. É talvez elitista ao extremo — seus ensaios são enormes e nem um pouco simples —, mas ainda assim consegue manter um público fiel e dinheiro o suficiente para não fechar. A busca por um novo tipo de veículo jornalístico pensante é quase uma afronta aos outros. E isso tem dado frutos.
Por que ela importa para o futuro do jornalismo? A n+1 não pretende ficar grande. Não pretende olhar para todos os públicos. Não pretende abrir mão de sua voz muito particular. E num momento em que a indústria tem se canibalizado, evitando ao máximo qualquer tipo de empreendimento de pequeno e médio porte — com exceção aos que visam se tornar de grande porte em algum momento —, a postura da revista de tratar apenas com um nicho, e, ainda por cima, dar certo, é louvável.
Por que eu deveria acompanhar a n+1? Ela vai te oferecer o que pouquíssimos outros veículos vão. Opinião, e uma opinião pensante. É difícil ler um dos ensaios (grandes) e não sair questionando o assunto. Pode ser concordando com eles ou não, mas sem dúvida pondo em xeque alguma coisa ao seu redor. São todas matérias profundas, provocadoras e relevantes.
É 0800? Mais ou menos. Há conteúdo de graça, mas boa parte é apenas para assinantes.
5 leituras que vão te convencer: Jesus Raves / Justin Timberlake está gripado / Ucrânia, Putin e o Ocidente / Guerra de chats / Novas tendências em design de escritórios
Matéria escrita por Daniel Salgado e editada por João Brizzi.