Maria Carolina de Jesus, a sociedade brasileira sob as lentes de uma residente de um quarto de despejo

Resumo

Este artigo, tem como propósito apresentar a possibilidade de diálogo entre diversos tipos de autores com a obra “Quarto de Despejo” de Maria Carolina de Jesus. Para assim, apresentar a interseccionalidade de saberes para um maior aprofundamento da obra e sobre a autora em si. Palavras-chave: Quarto de Despejo. Maria Carolina de Jesus. Interseccionalidade.

Introdução

Maria Carolina de Jesus, recentemente, recebeu o título de Doutora Honoris Causa da UFRJ. Maria nasceu em Sacramento, no ano de 1914. Em 1930, se muda para São Paulo, onde escreveu a sua obra mais famosa, “Quarto de Despejo”, retratando em sua literatura a vida que levava como uma mulher negra e pobre. Este artigo irá apresentar uma abordagem interseccional entre a poetisa negra com pensadores e intelectuais como: Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Frantz Fanon, Angela Davis e Abdias do Nascimento. Com intuito de aprofundar as leituras sobre a obra da autora e sua vida.

MARIA CAROLINA DE JESUS: UMA VIDA E OBRA DE INSTERSECCIONALIDADES

Maria Carolina de Jesus era uma mulher negra, moradora da favela do Canindé, em São Paulo. Após o lançamento do seu primeiro livro: “Quarto de Despejo”, publicado em 1960. Sua obra foi um um sucesso, foi traduzido para diversos idiomas.

Hoje, não é mistério o porquê a Maria Carolina de Jesus ser tão conhecida. A sua obra foi de extrema importância para a literatura brasileira, pois a forma de escrever a realidade de sua vida, nas condições terríveis em que viveu, foi de extrema importância, sobretudo, para de repensar a relação entre autor e obra.

A poetisa negra, ao longo de seu diário retrata as questões do seu dia a dia. Quando ela retrata as relações dentro das favelas, algumas que permanecem fiel até os dias de hoje. Observamos como ela tem um olhar atento e uma consciência crítica da realidade

Tentarei, conectar a vida e obra de Maria Carolina de Jesus com outros pensadores e intelectuais que convergem com a poetisa negra, como: Lélia Gonzales, Angela Davis e Frantz Fanon; junto de pesquisas mais recentes sobre pobreza, gênero e raça.

A favela, uma cidade de colonizados

Maria Carolina de Jesus, morava na favela e no seu diário comentava bastante das relações que ocorriam no local. Por exemplo, seus filhos sofriam bastante violência de outras mães, segundo a autora, isso ocorria por causa de problemas pessoais e ressentimento contra ela, pois quando ela saia para catar papel, essas mulheres descontavam, fisicamente e verbalmente, as suas frustrações nos filhos da poetisa, descrito no dia 18 de Julho:

“D. Rosa, assim que viu meu filho José Carlos começou a impricar com ele. Não queria que o menino passasse perto do barracão dela. Saiu com um pau para espancá-lo. Uma mulher de 48 anos brigar com criança! As vezes eu saio, ela vem até minha janela e joga o vaso de fezes nas crianças. Quando retorno, encontro os travesseiros sujos e as crianças fétidas. Ela odeia-me. Diz que sou preferida pelos homens bonitos e distintos. E ganho mais dinheiro do que ela.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 13).

Essa realidade de violência e desigualdade, entre os próprios moradores da favela, caberia naquilo que Frantz Fanon chamou de cidade dos colonizados, em “Os Condenados da Terra”. Segundo Fanon, as cidades dos colonizados eram cidades onde havia fome, a fome de pão, a fome de sapatos, a fome de luz; uma cidade ajoelhada. (Fanon, Frantz, 1968, p. 29). Uma cidade composta, principalmente, no caso do Brasil, de negros. Logo, estando carente é muito fácil se revoltar e estar revoltado e, ao mesmo tempo, descontar em outras pessoas. Por exemplo, Maria Carolina de Jesus, em certos momentos, se revolta por conta das condições em que vive, inclusive com seus filhos. Porém ela sabe que não pode descontar suas frustrações nas crianças. “Eu ponho o saco na cabeça, e levo-a nos braços. Tem hora que revolto-me. Depois domino-me. Ela não tem culpa de estar no mundo.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 20).

Essas fomes, no seu sentido literal e simbólico, estão presente na vivência descrita pela autora, quando ela diz que seus filhos sentem fome, quando diz que não possui luz, mas paga mesmo assim. “Aqui é assim. A gente não gasta luz, mas precisa pagar.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 15).

Ao mesmo tempo, no desenrolar da obra, observamos o quanto a autora deseja sair da favela, pois é um lugar com muitos problemas para a Maria Carolina de Jesus, pessoais e sociais. Pessoais, pelos motivos já citados anteriormente, problemas relativos à relação da poetisa com outras pessoas de sua comunidade.

No entanto, os sociais são mais complexos, como quando ela classifica São Paulo: o Palácio era a sala de visita; A prefeitura a sala de jantar, a cidade o Jardim e a favela é o quintal onde jogam o lixo. (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 28).

Mais uma vez, Maria Carolina de Jesus dialoga com Fanon. Quando Frantz Fanon fala da antítese da cidade dos colonizados, ele chama de cidade dos colonos, definida como: uma cidade sólida, de pedra e ferro; uma cidade asfaltada e iluminada. Os pés do colono estão protegidos, calçados; suas ruas são limpas e lisas. (Fanon, Frantz, 1968, p. 28).

É, em síntese, uma cidade que não é carente, é saciada; o total oposto da cidade do colonizado em que a Maria Carolina de Jesus faz parte.

Além disso, a percepção política de autora é bem precisa, quando ela denuncia uma prática comum de políticos em tempos de eleição. Quando precisam de votos, aparecem nas favelas, usam todo o seu carisma para ganhar a confiança e os votos dos seus eleitores. Porém, depois que conseguem se candidatar, esquecem de todo o comprometimento para com os seus eleitores.

“Os políticos só aparecem aqui nas épocas eleitorais. O senhor Candidato Sampaio quando era vereador em 1953 passava os domingos aqui na favela. Ele era tão agradável. Tomava nosso café, bebia nossas xícaras. Ele nos dirigia frases de viludo. Brincava com nossas crianças. Deixou boas impressões por aqui e quando candidatou-se a deputado venceu. Mas na câmara dos Deputados não criou um progeto para beneficiar o favelado. Não nos visitou mais.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 28–29).

Ou seja, em diversos aspectos Maria Carolina de Jesus e Frantz Fanon dialogam para chegarmos a um único entendimento: o pesar múltiplo da pobreza na vida cotidiana dos econo micamente desfavorecidos, inclusive, sobre as mulheres de cor.

O Sexismo e a mulher periférica

Outra questão que está presente na vida da autora, é a questão de não ser casada. Ser mãe solteira, em si, não é um problema para a autora. No entanto, o fato se ser solteira em sua época e se recusar a casar é algo bem incomum. Maria Carolina de Jesus, por diversas vezes, em seu diário se mostra decidida a não se casar.

Quando ela analisa a vidas das mulheres casadas na favela em que vive, ela as caracteriza como escravas. Logo, não sentia inveja de uma vida como essa. “Não invejo a vida das mulheres casadas da favela, que levam vida de escravas indianas.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 14).

Para a época, uma mãe solteira não era bem-visto. Uma das tentativas de diminuir Maria Carolina de Jesus era lembrando o fato de que a mesma não era casada, como se isso insinuasse alguma superioridade dessas outras mulheres, que mesmo possuindo um cônjuge, estavam em situações semelhantes ou piores que a nossa autora. “Elas alude que eu não sou casada. Mas eu sou mais feliz que elas. Elas tem marido. Mas, são obrigadas a pedir esmolas. São sustentadas por associações de caridade.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 14).

Além dessa problemática social da pobreza, Maria Carolina de Jesus denuncia também a violência que essas mesmas mulheres casadas sofrem nos seus cotidianos. A autora diz, que elas apanham, como um tambor, pedem socorro. Em contrapartida, a autora ouve, tranquilamente, em seu barracão, música. “E elas, tem que mendigar e ainda apanhar. Parece tambor. A noite enquanto elas pede socorro eu tranquilamente no meu barracão ouço valsas vienenses.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 14).

A autora, reafirma, o seu posicionamento de não querer uma vida como essas para ela. Não ser casada não lhe trazia infelicidade, pelo contrário, ela se sentia melhor assim, solteira.

“Não casei e não estou descontente. Os que preferiu me eram soezes e as condições que eles me impunham eram horríveis”. (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 14). Um casamento descrito nas condições que Maria Carolina de Jesus relata na sua obra era, de fato, extremamente desvantajoso para as mulheres.

A falta de companheirismo, por parte dos esposos, que a poetisa descreve ao longo da obra, é um dos principais motivos para ela preferir estar solteira. Se, uma mulher casada tem que trabalhar tanto quanto uma mulher solteira, de que adiantaria, então, um marido que não soma em sua vida? Para a autora, não faz sentido algum viver nessas condições. “Há as mulheres que os esposos adoece e elas no penado da enfermidade mantem o lar. Os esposos quando vê as esposas manter o lar, não saram nunca mais.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 18).

Segundo Lélia Gonzales, no seu artigo “RACISMO E SEXISMO NA CULTURA BRA SILEIRA”, Maria Carolina de Jesus, entrava no arquétipo da negra anônima. De acordo com Lélia, a negra anônima, é a habitante das periferias. É ela, que sobrevive na base de prestação de serviços e segura a barra familiar sozinha.

“É justamente aquela negra anônima, habitante da periferia, nas baixadas da vida, quem sofre mais tragicamente os efeitos da terrível culpabilidade branca. Exatamente porque é ela que sobrevive na base da prestação de serviços, segurando a barra familiar praticamente sozinha.” (Gonzales, Lélia. 1984, p. 231).

Ao analisarmos a obra de Lélia Gonzales junto de Maria Carolina de Jesus, é possível perceber que ambas se complementam. A teoria e práticas descritas em obras que, se em primeiro lugar, parecem distantes, quando unificadas parecem possuir uma relação íntima.

Outra questão interessante é a questão da feminilidade de Maria Carolina de Jesus. Sua feminilidade é diferente do “padrão”, inclusive, não somente dela, mas das mulheres da favela. Quando a autora é ameaçada por um homem chamado Vitor, ela não recua; ela o confronta. “Dia 1 de Janeiro de 1958 ele disse-me que ia quebrar-me a cara. Mas eu lhe ensinei que a é a e b é b. Ele é de ferro e eu de aço. Não tenho força física, mas minha palavras ferem mais do que espada.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 44).

Logo, percebe-se que de acordo com as condições de vida, as relações dessas pessoas se tornaram diferentes em comparação com o restante da sociedade. Mulheres na favela nem sempre encarnam estereótipos como: fragilidade, sentimentalismo, delicadeza e estar restrita, somente, ao lar. Não poderia seguir esses padrões e, ao mesmo tempo, sobreviver nessas condições de extrema desigualdade.

“Agrediram a mulher que estava com Alcino. Quatro mulheres e um menino avançaram na mulher com tanta violência e lhe jogaram no solo. A Marli saiu. Disse que ia buscar uma pedra para jogar na cabeça da mulher. Eu puis a mulher no carro e o Alcino e mandei eles irem embora. Pensei em chamar a polícia. Mas até a polícia chegar elas matavam a mulher.” (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 46). O racismo na obra de Maria Carolina de Jesus

Quando falamos de racismo na vida de Maria Carolina de Jesus, acredito, que tudo antes, durante e depois da criação de seu diário é permeado por ele. Essa afirmação decorre da interpretação da história dela e do Brasil.

É impossível negar, que a sociedade brasileira é desigual. Porém, essa desigualdade tem origem racial. Desde a escravidão, o Brasil deixou a população negra relegada às piores condições de vida. Sua inserção na sociedade nunca foi feita, pois não era do interesse fazer. A falta de emprego, ou trabalhos subalternos, a falta de educação de qualidade, inevitavelmente, geraria a fome, a violência, crimes e os barracos nas favelas. Elementos presentes na obra de Maria Carolina de Jesus.

A situação em que a poetisa, assim como muitas outras pessoas antes e depois dela, não são acontecimentos aleatórios, essa subcondição de vida que ela retrata na obra é consequência do racismo brasileiro. Racismo este que deseja que pessoas de cor, como ela, morram aos poucos. No entanto, a comunidade negra está sobrevivendo a mais de 500 anos.

No campo do trabalho, por exemplo, segundo Sueli Carneiro, “o papel relegado aos negros sempre foi secundário”. (Carneiro, Sueli, 2002, p. 173). Porém, mas especificamente no campo de gênero e raça, Sueli também afirma, “As ofertas de trabalho continuaram restringindo a participação da mulher negra, e esta se via obrigada a trabalhar como mucama, ama-de-leite, dama de companhia, ou então, “boa de cama”.” (Carneiro, Sueli, 2002, p. 173).

Em 2019 a PNAD demonstra que pretos e pardos possuem as maiores taxas de deso cupação e informalidade em comparação aos brancos. Os negros, ainda estão mais presentes nas faixas da pobreza e extrema pobreza. Assim, um dos principais indicadores em relação ao mercado de trabalho é a taxa de desocupação, em 2019, a população branca representava 9,3%, enquanto os pretos e pardos representavam 13,6%. Desta forma, o percentual de pretos e pardos em ocupações informais chegou há 47,4%, quanto que entre os trabalhadores brancos foi de 34,5%. (Saraiva, Adriana. Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país. Agência de notícias, cidade de publicação, 12, novembro de 2020. Estatísticas Sociais. Disponível em: <Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país | Agência de Notícias | IBGE> . Acesso em: 28, março de 2021).

Ao focar mais na questão de gênero e raça, utilizando a mesma pesquisa de 2019, o per centual da pobreza no Brasil utilizando de sexo e cor, as mulheres pretas e pardas correspondem 38% do percentual. Nas condições de extrema pobreza há uma mudança, um aumento percentual, as mulheres pretas e pardas correspondem a 40% do total. (Saraiva, Adriana. Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país. Agência de notícias, cidade de publicação, 12, novembro de 2020. Estatísticas Sociais. Disponível em: <Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país |Agência de Notícias | IBGE> . Acesso em: 28, março de 2021).

Esse é o projeto de genocídio da sociedade brasileira. Segundo Abdias do Nascimento, na obra o “Genocídio do Negro Brasileiro”, existe duas formas: o genocídio físico e o simbólico.

A morte física está presente na fome. Obviamente, sem comida um ser vivo não pode viver, e a própria Maria Carolina de Jesus e seus filhos têm que sobreviver a ela. Fome oriunda da extrema pobreza e pobreza com origem racial.

“. . . Percebi que no frigorífico jogam creolina no lixo, para o favelado não catar a carne para comer. Não tomei café, ia andando meio tonta. A tontura da fome é pior que do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a da fomenos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar no estomago.“ (Jesus, Maria Carolina de, 1992, p. 40).

É ainda mais chocante quando a maioria da população do país é negra, de acordo com os dados coletados, pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio), em 2019, 42,7% da população brasileira de se declara branca, enquanto 46,8% se declaram como pretos e pardos, e uma pequena porcentagem de 1,1% se declaravam amarelos ou indígenas. (COR OU RAÇA. IBGE educa, 2021. Disponível em: <Cor ou raça | Educa | Jovens — IBGE>.Acesso em: 28, março de 2021).

Porém, ao mesmo tempo, mesmo com todos as dificuldades, Maria Carolina de Jesus está disposta a mudar de vida, ela quer sair da favela, ela deseja morar em algum lugar melhor e viver em melhores condições com seus filhos. Pode-se dizer que sua teimosia é um ato de desobediência e resistência. Ela não aceita o local e as condições que a sociedade lhe impôs. Ela deseja sair do quarto de despejo.

CONCLUSÃO

Por fim, a realidade que Maria Carolina de Jesus demonstra na sua obra, ainda é extre mamente atual. Por isso, é necessário observar a sua obra com a perspectiva interseccional. De acordo com Angela Davis, no livro, “Mulheres, raça e classe”, é preciso fazer análises levando em conta os fatores de classe, de gênero e de raça, trazendo a interseccionalidade.

Com certeza, a obra de Maria Carolina de Jesus é extremamente profunda, necessário e realista. Foi no seu tempo e é ainda hoje. Não é à toa, que no futuro ela viria a influenciar uma outra poetisa chamada Conceição Evaristo e ela cunharia o conceito de escrevivência.

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Referências

CARNEIRO, Sueli. Gênero e raça. Gênero, democracia e sociedade brasileira. São Paulo: Editora, v. 34, p. 169–193, 2002.

<Cor ou raça | Educa | Jovens — IBGE>. Acesso em: 28, março de 2021). DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Boitempo Editorial, 2016.

DE JESUS, Carolina Maria; MORAVIA, Alberto. Quarto de despejo. Valentino Bompiani, 1962. FANON, Frantz. Os condenados da terra. Civilização Brasileira, 1979.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Editora Perspectiva SA, 2016.

(Saraiva, Adriana. Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país. Agência de notícias, cidade de publicação, 12, novembro de 2020. Estatísticas Sociais. Disponível em: <Trabalho, renda e moradia: desigualdades entre brancos e pretos ou pardos persistem no país | Agência de Notícias | IBGE> . Acesso em: 28, março de 2021).

Sobre o autor:

Me chamo Gabriel de Assis da Silva, tenho 21 anos. Sou graduando, em História, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, sou extensionista universitário no Laboratório de Pesquisa e Práticas de Ensino em História (LPPE) do IFCH UERJ e sou colaborador numa pesquisa coordenado pela Professora e Doutora Tereza Ventura, chamada: “Lutas por Reparação: dívida histórica e justiça pós-colonial.

Tenho um grande interesse em estudar e pesquisar: relações étnico/raciais, racismo e cultura e história Afro. Estou engajado, mais especificamente, nas causas raciais, porque desejo me tornar um professor que irá tratar dessas e outras questões nas salas de aula; quero ajudar na formação de uma sociedade que não seja opressiva, sobretudo, contra a diversidade em todos os sentidos. Desejo uma sociedade mais igualitária, tolerante e plural.

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ORGANIZADORES DO NECS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. POR MEIO DESTA REVISTA OFERECEMOS ESPAÇO PARA DIVERSOS PENSAMENTOS E CONTRIBUIÇÕES ACERCA DAS SOCIEDADE, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE.

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