Gabriella Salame
Revista Sketchline
Published in
3 min readMay 21, 2017

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Renascemos como heróis do agora

Spotify tocando no aleatório e Word na página branca com a barra de escrever piscando: foi assim que esse texto nasceu em uma noite de sexta-feira. Era pra ser um editorial bem formal de volta à ativa. Mas, espera aí. Quem vai querer ler explicações soltas e cordiais — a famosa moda brasileira — do que aconteceu pra Sketchline hibernar durante meses? Justamente por isso vou explicar bem melhor, desde o início. Acredito que você merece muito mais que palavras pra preencher um espaço vazio deixado no meio que fincamos nossas raízes.

Nós existimos desde fevereiro de 2015, quando os quatro amigos fundadores da revista decidiram alimentar o mundo do jornalismo cultural. Ainda pequenos e com pouca experiência em Comunicação Social, lançamos nosso conteúdo em uma plataforma aberta de revistas digitais. Ei, leitor, foi bem louco produzir trinta páginas com uma equipe tão reduzida e iniciante. Mas somos determinados e temos uma vontade enorme de fazer a diferença nesse cenário.

Conhecemos mais estudantes com talentos incríveis que foram colaboradores nas outras edições. Publicamos bimestralmente a segunda, a terceira e, quando já vimos, a quarta edição. Todos sintonizados no espírito independente que a Sketch carrega na bagagem. Somos muito gratos por toda essa galera que colaborou fotografando, entrevistando, escrevendo e ilustrando na revista. Cada página só existe graças ao trabalho coletivo que fizemos, mas essa foi só a primeira fase.

Partimos ao Medium com a perspectiva de nos tornamos uma revista mais clean, mais agradável e acessível. Como os projetos atolaram parte da equipe fundadora e vida de universitário não é fácil, ficamos um tempão parados, sem produzir. Não pense que esse stop não doeu em nossos corações, porque muitas pautas surgiram, só que nada foi concretizado. Cada pauta deixada pra trás foi uma dor diferente. Estamos aqui pra produzir, fomentar esse ramo, levar conteúdo bom e com diferencial ao leitor. Vamos continuar a nossa missão com a mesma visão e abertos a colaborações como sempre.

Cada pessoa quis ser algo diferente quando criança. Decididamente pensávamos em mudar o mundo e sermos extraordinários, sem medir esforços. Missão de gente grande em corpos de miniaturas. Alguns quiseram ser até mesmo heróis com super poderes imbatíveis pra acabar com o mal ou até mesmo buscar a felicidade de alguma forma. Ao crescer, logo percebemos que a vida é mais complicada do que imaginávamos e que controlar a eletricidade ou se teletransportar por aí é um sonho só do imaginário. Só que não importa o que aconteça, nossos sonhos de alguma maneira sempre estarão vivos dentro de nós e podemos ser o que queríamos desde criança, na essência mais profunda. Começamos dividindo nossos rabiscos e estilo próprio pra mostrar nossos mundos e acabamos mostrando muito mais que isso. Hoje também vamos reviver alguns sonhos de infância e ser nossos próprios heróis. Renascemos como heróis do agora.

Abram as cortinas, a Sketchline tá de volta!

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