6 filmes sobre a juventude da década de 2010
Tem filme pra chorar, pra rir, pra atualizar a playlist, pra ficar puto… Vários cantos do mundo, vários formas diferentes de vivenciar a juventude e várias estilos diferentes de cinema.
1. Waves (2019), disponível em torrent com legenda
Na trilha sonora tem Frank Ocean, Amy Winehouse, Kendrick Lamar, H.E.R, SZA… Quase um clickbait pra quem tem 20 e poucos anos.
O filme é como um spin-off da série “Euphoria”, mas substituindo todas as drogas de lá por Rivotril — a coadjuvante Alexa Demie faz parte do elenco da série da HBO, inclusive. Além disso, Sterling K. Brown, injustamente esnobado pelo Oscar, tem uma das atuações mais fortes do ano, seguindo seu alto nível de This is Us.
Mais uma produção da A24 que entra pro hall des Filmes Bonitos e Tristes pra Caralho. Trailer
2. Garotas (Bande de Filles, 2014), disponível no Globoplay
A Rihanna não havia cedido os direitos pra “Diamonds” tocar nesse filme, mas depois de assistir a cena gravada, ela imediatamente liberou. Se Rihanna gostou, provavelmente você também vai.
Paris é extremamente desigual. No centro, a metrópole de cartão postal. À margem, os banlieus, equivalentes às periferias brasileiras, amplamente habitados por uma geração de filhos de imigrantes africanos. “Garotas” é sobre suas vidas. Dirigido pela premiada e versátil Céline Sciamma, que você deve conhecer pelo romance lésbico muito mais sensível que Azul é a Cor Mais Quente. Trailer
3. Deixa na Régua (2016), disponível no NOW
Das margens de Paris às margens do Rio, “Deixa na Régua” documenta o cotidiano de três barbearias de diferentes periferias do estado: subúrbio, favela e Baixada Fluminense (fora da região metropolitana). A câmera é uma mosca, observando, sem interagir, o interior das barbearias e seus personagens, como característico do cinema direto.
O que poderia sair de simples conversas? Muita coisa. Discussões sobre masculinidade, criminalidade, política, relacionamentos, gênero, raça… E não listei nem a metade. Trailer
4. A Frente Fria que a Chuva Traz (2016), disponível no Globoplay
As aventuras de jovens adultos ricos festejando numa laje alugada do Vidigal, uma das favelas mais fetichizadas do Rio de Janeiro. Quase um “Sessão da Tarde” às avessas, mostrando a misoginia, racismo e classismo de um grupo social que, abusando de seus privilégios, enche o cu de droga e fala merda.
Bruna Linzmeyer atua muito. Destaque também pra cena de abertura, com um mashup do clássico funk “Sou Foda” com “Summer”, de Calvin Harris. Uma síntese do filme. Trailer
5. Atlantics (2019), disponível no Netflix
A indústria do cinema se mantém extremamente racista. Dentre um dos fatores, está o fato de Mati Diop (diretora do filme) ter sido a primeira mulher negra a competir na principal categoria do maior festival de cinema do mundo, o Festival de Cannes. E olha que ele existe há 74 anos.
Só por isso, Atlantics já é histórico. Um filme poético, de gênero (um misto de terror e fantasia) que mostra a versatilidade do cinema senegalês e as perspectivas da juventude de um país marcado pela colonização. De deixar Ousmane Sembène orgulhoso.
6. Queen e Slim (2019), disponível em torrent com legenda
Por fim, a história de um casal que tem a vida mudada por uma abordagem policial. “Queen and Slim” tem nomes de peso: protagonizado por Daniel Kaluuya, dos já clássicos “Corra” e “Pantera Negra”, fazendo dupla com Jodie Turner-Smith, numa sintonia que já faz deles um casal memorável pro cinema.
Na direção, Melina Matsoukas, que dirigiu a série da HBO “Insecure” e nada mais nada menos que “Lemonade”, o álbum visual da Beyoncé. Além disso, o filme foi escrito por Lena Waithe, a vencedora do Emmy de roteiro em 2017 e uma das roteiristas mais promissoras da geração.
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