6 livros sobre feminismo para você entender o movimento

Ana Clara Barbosa
Revista Subjetiva
Published in
4 min readJul 30, 2019
@arrasoli

Se você navegar alguns minutos pela internet, provavelmente verá, em algum portal, alguma manchete falando sobre o feminismo, de forma direta ou indireta. A verdade é que as pautas defendidas pelo movimento — como a autoaceitação, igualdade salarial, luta contra a cultura do estupro, etc — entraram muito no nosso debate e, com isso, diversas mulheres (inclusive celebridades) passaram a se identificar com o movimento.

Sem dúvidas, a internet foi um elemento poderoso para a sua ascensão. Mas, em meio a textões e a discussões em comentários do Facebook, existe um movimento histórico e muito estudo a respeito do feminismo. São várias vertentes, diferentes ondas e pontos de vista sobre este mesmo assunto. Por isso, para se aprofundar, às vezes é importante se desligar um pouco das redes sociais e passar a ler autoras feministas e suas obras.

Pensando nisso, listei 6 livros que podem ajudá-la a entender um pouco mais sobre a teoria do movimento.

Os homens explicam tudo para mim

Rebecca Solnit

Divulgação: Cultrix

Rebecca começa o seu livro narrando um episódio tão desastroso, que chega a ser cômico: um homem passou uma festa inteira falando de um livro que “ela deveria ler”, sem lhe dar chance de dizer que, na verdade, ela era a autora. A partir disso, Solnit reúne alguns de seus textos e ensaios para abordar de maneira corajosa e incisiva os problemas da cultura patriarcal. Se você nunca leu nenhum livro sobre feminismo, esta é uma ótima forma de começar!

Lute como uma garota: 60 feministas que mudaram o mundo

Laura Barcella e Fernanda Lopes

Divulgação: Seoman

Se você quer sentir um gostinho de que é capaz de promover mudanças, esse livro é um ótimo estímulo. As autoras reuniram 60 perfis de figuras importantes da militância feminista, abrangendo desde pioneiras do século XVIII a estrelas pop dos dias atuais. Cita, inclusive, algumas das autoras que fazem parte desta lista.

Quem tem medo do feminismo negro?

Djamila Ribeiro

Divulgação: Companhia das Letras

Se aprofundar na teoria feminista é entender que existem diferentes vertentes dentro do movimento, e que a perspectiva de outras mulheres é essencial para a tão procurada igualdade de gênero.

Uma dessas vertentes é o feminismo negro e, neste livro da Djamila Ribeiro, você pode entendê-lo mais a fundo. Ela reúne alguns dos seus artigos publicados na Carta Capital, em que costuma relatar situações do cotidiano e destrinchar conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade.

Mulheres, raça e classe

Angela Davis

Divulgação: Boitempo

Considerada a mais importante obra de Angela Davis, este livro nos traz um panorama histórico das lutas anticapitalista, feminista, antirracista e antiescravagista, e mostra como tudo isso está relacionado, interseccionado. A autora enfatiza quais foram os efeitos da escravidão e como a questão racial, principalmente quando se fala da mulher, é essencial para uma sociedade mais igualitária.

O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras

bell hooks

Divulgação: Rosa dos Tempos

Neste livro, bell hooks aborda como a intersecção entre gênero, raça e sociopolítica é essencial para o avanço do movimento. Ela mostra o que o feminismo é capaz de realizar e ressalta que, para isso, é preciso incluir a todos nesta luta, inclusive os homens. É uma obra de fácil leitura, que pode dialogar com quem já conhece mais sobre o feminismo, ou então com quem está começando a se familiarizar com as pautas.

Má feminista

Roxane Gay

Eu quis deixar este livro por último, porque, depois de saber um pouco mais sobre tantas autoras importantes dentro do feminismo, é essencial lembrar que nós não somos perfeitas. Somos mulheres falhas e, consequentemente, falhamos na nossa militância.

Nesta seleção de ensaios, Roxane Gay evidencia a sua própria evolução como mulher negra e feminista. Ela nos mostra de maneira muito bonita — e divertida — de que é possível, sim, ser feminista e ainda reproduzir machismo, afinal, fomos criadas dentro da lógica patriarcal. Isso não nos torna menos feministas, nem menos engajadas. Autoaceitação, no final das contas, é um dos pilares do movimento, não é mesmo?

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