A fome da alma

Lara Pirro
Revista Subjetiva
Published in
2 min readMay 7, 2018
arte por instagram.com/ugly.r4ts

Não é somente o corpo que grita,

Não é somente o estômago que dói.

O que o corpo não come a alma consome

e no final não resta nada.

Dor que não some,

Vergonha que não poupa.

Estar e não estar inteira,

Falta alimento do corpo e da alma,

Falta sorriso genuíno na cara.

Como alimentar a alma se o corpo nunca mais almoçara,

Como cair na estrada,

Se de pé,

Já não resta nada.

Como lutar uma luta que já era árdua,

Sem alimento, alento

Sem força e nem lembranças de vitórias;

Cai morro abaixo o que outrora foi fácil.

Vou cair,

Em qual parede me seguro,

Aquela com espinhos no muro,

Ou aquela que não tem chão.

Grito que não tenho opção,

Grito que continuo sem ter,

Não é porque hoje o sol nasceu com,

que amanhã sempre vai ter.

Prefiro não me acostumar com os dias de fartura,

Prefiro não me apegar a sentimento, alimento, alento

Pois eu sei que eles sempre se vão com o vento.

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