“A literatura oferece uma das maneiras mais acessíveis de se explorar o outro”
Entrevista com Danilo Leonardi, autor de “Coisas Inatingíveis” e idealizador da Cabine Literária
Sobre o autor
Durante a Bienal do Livro Rio deste ano, 2017, tivemos a oportunidade de fazer uma breve entrevista com o escritor, criador de conteúdo do canal Gayrotos, ativista LGBT e um dos idealizadores do portal Cabine Literária, o primeiro grande canal de literatura no YouTube, possuindo hoje mais de 100 mil inscritos.
Em 2014, Danilo lançou o seu primeiro livro, “Porque Indiana, João?”, que foi um sucesso entre o seu público, agora, 2 anos depois, o autor lança seu segundo livro, “Coisas Inatingíveis”, que o próprio julga ser um romance mais maduro e ousado. Em seus escritos, Danilo busca passar uma mensagem de tolerância para um mundo melhor, essa premissa fica evidente em seus dois primeiros livros, sobretudo em Contos Inatingíveis, em que a trama mostra a vida de quatro garotos, vivendo tudo o que a vida pode aparecer.
Entrevista
Revista Subjetiva: Como surgiu a ideia de criar o Cabine Literária?
Danilo Leonardi: Eu gosto de inovar, fazer diferente, e o Cabine Literária foi exatamente isso na época em que o criei. Foi orgulhosamente o primeiro canal exclusivo de literatura no YouTube. Gosto de ler desde que me conheço por gente, então fez sentido para mim que eu falasse sobre o assunto de maneira acessível na internet.
O alcance do Cabine Literária e a recepção do público com o seu trabalho foi um incentivo para publicação do livro?
Essa questão diz mais respeito às editoras, mas até onde sei foi um bom argumento a favor da minha publicação, sim.
Qual a importância de se falar sobre LGBTfobia e outras pautas sociais pertinentes na literatura?
A literatura oferece uma das maneiras mais acessíveis de se explorar o outro, de aumentar o sentimento de empatia, então trabalhar respeito e amor através da literatura é também uma maneira de deixar o mundo um tantinho mais tolerante.
Apresente seu mais recente livro, qual foi a sua motivação para escreve-lo? Que mensagem você procura passar com ele?
Coisas Inatingíveis é meu segundo livro, e fala sobre os anseios da juventude de maneira imoral. Imoral no sentido de que os personagens são livres para fazer suas escolhas e viver com as consequências delas. A história está recheada de sexo, drogas, violência, porque são questões que fazem parte de ser humano e viver em sociedade.
O que o difere enquanto autor no seu primeiro e no segundo livro? O que você acha que mudou entre um e outro?
Eu me considero um escritor mais maduro. Entendo melhor como passar as ideias através do texto e desenvolver a narrativa que eu quero trabalhar, mas é uma questão muito subjetiva.
Quais os projetos para o futuro?
Tenho tentado não pensar sobre isso. Estou vivendo o lançamento deste livro, e por enquanto é tudo que eu quero fazer.
Esta entrevista faz parte da cobertura especial da Bienal do Livro Rio 2017. Leia mais matérias sobre:
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