A Magia Que Acaba.

Sobre as nossas carências.

Danilo H.
Revista Subjetiva
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3 min readAug 1, 2018

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Já te disseram que nada ocorre por acaso? Eu escuto isso sempre… porém eu não esperava um acaso como Você no meu caminho.

Com o passar do tempo a gente vai se fechando lentamente para o mundo e desacreditando das cores da vida… acho que é um processo natural da vida (ou pelo menos é o meu caso). Eu detesto desconfiar das coisas, afinal, esse tipo de atitude diz mais sobre nós mesmos do que os outros… essa perspectiva não te assusta um pouco?

Tenho essa mania de semicerrar meus olhos toda vez que algo parece bom demais para ser verdade, entretanto você voou abaixou do radar e PAH! aqui estou analisando tudo.

Será que tudo tem um tempo para acabar?

Por exemplo, se a gente somar duas pessoas no meio da rua é possível supor uma validade daquela relação? (//Isso é muito Black Mirror//) iiiih fui longe demais? Sei lá… só estou tentando achar uma resposta para o insolucionável.

Seu sentimento por mim acabou primeiro que o meu por você.

Não fiz questão de te seguir por aí, não é muito o meu perfil fazer isso… contudo tenho a leve sensação de que você já seguiu teu caminho e encontrou uma pessoa… ou duas… ou cinco (que faz mais o seu tipo).

Eu acho engraçado esse tipo de atitude que somos condicionados a adotar, não basta uma pessoa… tem que ser logo umas dez para tudo estar bem e, finalmente, nos sentirmos atraentes.

Se você não se sente bem sozinho, então por que raios você acha que procurando isso em outras pessoas dará certo? Acho que aqui (talvez) resida o problema. Na falta do amor próprio (que deveria ser desenvolvido) nos deparamos frente a um penhasco…

Lá embaixo é possível juntar 8 letras flutuando no mar e as reunindo temos a palavra “Carência”.

Em nome dele acabamos sugando a energia alheia ou sendo sugados tão rapidamente que tudo perde o sentido. Por que fazemos o que fazemos? Não que sejamos pessoas ruins, mas permitimos que essa força se aproprie de nós e, pior ainda, passamos a ver tudo isso com naturalidade.

A magia que rodeia nossas relações está se esvaindo rápido demais.
As pessoas estão perdendo o seu valor individual.
Nós estamos nos perdendo.

O que um beijo significa hoje em dia?
Nem preciso mencionar o sexo, né?

Existe uma infinidade de oceanos profundos por aí, mas atualmente estamos nos contentamos com piscinas rasas… a troco de quê? Ao imediatismo? A sensação de algo não duradouro?

E quando isso pára? Quando tivermos experimentado de tudo? Ou nunca acaba? Não sei o que é pior…

A superficialidade é a meta? Então alcançamos.

Quando mais a gente vai desistindo… se entregando… iiih caminho sem volta. Queremos tudo para ontem, mas não entendemos que algumas coisas são construídas com o tempo… e demora… e dói… mas tem seus méritos.

Engraçado que às vezes a gente meio que não se gosta, mas tem sempre alguém que gosta de algo que não notamos em nós mesmos… E isso meio que nos toca… não basta a gente afirmar algo, tem que vir alguém lá dos confins da terra para concordar (e aí está tudo certo).

Por que a magia de um encontro acaba e logo ressurge em um outro corpo? O coração está aos pedaços, mas acabaram de aparecer dois matches na tela, assim fica difícil né? Na bad por um, mas conversando com cinco e saindo com dois.

Irônico como você se ofende em achar alguém com as mesmas intenções que você… vejo suas tentativas de mascarar suas intenções com tantos:
“Vamos marcar!”
“Eu te chamo amanhã”
“Nunca senti o mesmo por outra pessoa”…
Seria lindo se não fosse trágico.

A gente não sabe o que quer...
Mas sabe que
Quer…
A todo custo…
Mesmo que isso custe…
A nossa paz.

Até quando esse jogo de azar intitulado Carência fará sentido?

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Danilo H.
Revista Subjetiva

Aqui eu escrevo sobre desconfortos, alegrias e sobre nós.