A mudança não é só tecnológica

O que podemos aprender com a pandemia que assolou o mundo?

Divulgação/Pixabay

Recentemente dei uma disciplina aos alunos do curso de pós-graduação em Assessoria de Imprensa na Estácio de Brasília chamada de “Projetos em Assessoria”.

Decidi pegar como base para o curso o livro Tendências em Comunicação Organizacional: temas emergentes no contexto das organizações (2019) de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFMS) e propor que cada estudante pensasse seu próprio lugar de trabalho no mundo contemporâneo.

Em vários artigos, os autores explicam que as empresas passam por profundas transições que seguem a própria sociedade.

As mudanças giram em torno da tecnologia, do reconhecimento da diversidade (negros, mulheres, deficientes, idosos, indígenas, LGBTQI+ e minorias), das relações saudáveis com o meio ambiente e de novas práticas comunicacionais.

Em termos gerais a mensagem é: precisamos mudar nossa forma de pensar a sociedade. Entender que hoje somos uma rede. Temos vozes plurais que dizem e defendem o direito da existência de seus próprios corpos. É preciso compreender a si mesmo e a organização como um ator social, incluso, horizontal, não centralizado em si mesmo. É preciso compreender-se como coletivo, com lutas afins. É olhar a si mesmo e ver o outro.

A Comunicação deve ser dialógica. Não é somente informar. É entender que o outro também fala. Não é usar as palavras para mentir. Mas para incluir. É descolonizar a mente e fazer uso CONSCIENTE da internet e suas ferramentas, com o intuito de pensar na vida, no humano, num caminho de cooperação.

Hoje, vivendo historicamente essa pandemia do coronavírus, olho para para a pesquisa da UFMS e penso: estamos tendo uma forcinha do além. Ainda que não entendamos, ainda que não queiramos e haja sofrimento. Caos. Como já escrevi em outro momento… todo abrir de olhos é violento! Sigamos! (Nathália Coelho)