Amor?
O que seria isso que chamam de amor? Uma espécie de sentimento louco que faz você cometer idiotices por alguém?
Já fiz diversas idiotices por alguém, mas não amei nenhuma delas. O que eu amava de verdade era a ideia de estar com alguém ali do lado, mas nunca consegui amar a pessoa que estava ali, pessoas das quais sinto que nunca conheci de verdade. Só conhecia aquela camada que a gente finge ser incrível para conquistar alguém.
Eu não amava aquelas pessoas e nem as conhecia, mas qualquer sensação de abalo naquela relação confusa e sem definição surgisse, aí eu fazia idiotices. Idiotices para manter alguém que não amava e nem conhecia.
Eu nunca amei e nem fui amada.
Não se ama alguém que não se conhece, mas com certeza gostavam da ideia de estar comigo.
Um ser estranho com seus hábitos estranhos, entrar neste mundo esquisito, quase que como uma aventura. Poder se aventurar na mente e corpo de alguém que foge de tudo aquilo que já se deparou. Mas acaba aí, o estranho e esquisito começa a ter contornos de uma pessoa, uma pessoa com suas fragilidades, seus traumas e os tão temidos sentimentos.
O estranho perde a graça pois vira algo normal, para ter algo normal é melhor ter com outra pessoa mesmo.
Nunca amei, talvez nunca amarei.
Sou a maior decepção da minha região e adjacências, como pode uma pessoa não atender as expectativas de alguém? Não pode. Como ousa colocar em cheque toda uma visão sobre como as coisas precisam ser?
“Ser algo estranho, ser algo padrão, tudo exige seu roteiro e você precisa seguir tudo isso.”
Ah, o amor, aquela coisa que dá medo mas todos querem experimentar ao menos uma vez na vida.
Já pensou quantas pessoas não tiveram isso e talvez nunca terão?