Ano zero

Kauê Olah Lopes
Revista Subjetiva
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1 min readApr 1, 2020
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Estive sonhando acordado, o peito pesado

Pensando em coisas efêmeras, a enfermaria me espera.

Recuperando dos traumas, frio na calada

Cara fechada, com a mente transtornada...



Eles queriam mais uma poesia de amor, o mundo está tão confuso que só consigo ouvir choro e dor

As trevas em mim já passaram, espíritos baixos lamentaram

Cabeça baixa, autoestima fraca

Ela não me salvou do fundo do poço chapa.



Tava vendo só a carcaça, talvez um dia eu renasça

Faça dinheiro em toda praça, novo empresário da casa

Quer que o Superman te salve, Louis Lane não tá aqui cara

Abutres querem ver as minhas lágrimas...



E na calçada da fama, depressão é a protagonista

Na tentativa de inibir o meu ego, eu vi você partir

Imaginei várias Rimas pra te ver sorrir, não posso me iludir

Fomos um filme que nunca entrou em cartaz...





Abaixo de zero só há o inferno interno

Saudade do ventre materno

Tudo bem se a linha do tempo quis assim

Em julho choro, não julgo Deus por querer você ao lado.



Apaguei as luzes pra entender o final

Cruzes invertidas despertam o mal

Preparem suas orações e cuidado com as contradições

2020 é o ano da maldição, 2020 é o ano da redenção, ano zero anunciado.

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Kauê Olah Lopes
Revista Subjetiva

Um alienígena em forma de humano que gosta de escrever histórias... 👽✍️ 📧 kaueolahlopes@outlook.com