As grandes pequenas coisas

Liu.
Revista Subjetiva
2 min readApr 5, 2017

--

Se as pequenas coisas não fossem as mais importantes, talvez os buquês surpreendessem muito mais do que a rosa una.

Se mais importassem os grandes gestos, talvez os jantares trouxessem mais sabor à memória do que o miojo às 3h.

Se as pequenas coisas não fossem a real maravilha da vida, os beijos na testa seriam esquecidos. Os telefonemas de quatro minutos apenas pra ouvir a voz não fariam sentido. Andar de mãos dadas não seria preciso, afinal de contas, já sabemos andar sozinhos.

A gente não se apaixonaria pelo olhar. Não nos encantaríamos pela covinha no sorriso, ou pela barba por fazer. O dinheiro no fim das contas faria mais falta do que a companhia. (No início a gente discorda, mas depois percebe que, de fato, ninguém é capaz de ser feliz sozinho).

Se as grandes coisas, por assim dizer, falassem mais aos nossos ouvidos… A distância definiria a permanência de um amor. E se nem mesmo o tempo é capaz de fazer isso com muita destreza, quem dirá a distância. Não importa quão grande seja.

Mas, e quem define o que é maior? Entre a distância ou o amor, dinheiro ou companhia, demonstrações exageradas ou empatia …

Há aqueles que esquecem das pequenas coisas. Ainda que reconheçam seu valor, esquecem das sutilezas tão rápido quanto a rotina abraça.

Do “boa noite” seguido de “sonha comigo”, do “sonhei com você”. Da música que faz lembrar, e você até conta, porque sabe que aquilo vai instantaneamente virar sorriso. Do “acredite em si mesmo”, do “eu acredito em você”.

Do “estou aqui”, ainda que não esteja fisicamente, mas se faz presente. Esquecem que mais importante que o encontro de corpos é o encontro de almas.

Não dá pra ser porta voz do sentimento alheio. E deve ser a coisa mais desagradável do mundo ficar com alguém que acredita que, por já estar contigo, não precisa fazer mais nada pra alimentar o afeto.

O amor não é em seu todo auto-explicativo. Digo, quem ama sabe, mas o outro precisa escutar. E há uma lista infinita de maneiras diferentes de dizer “eu te amo”. De falar sobre amar.

Basta saber olhar…

Para as pequenas coisas…

Gostou do texto? Clique no ❤ para ajudar na divulgação

Deixe seu comentário, ele é importante para nós. Caso deseje algo mais privado, nos mande um e-mail para rsubjetiva@gmail.com

Não deixe de nos seguir e curtir nas redes sociais:

Não perca nenhum texto, assine a nossa Newsletter:

--

--