Banheirão: Conheça a "moda" que está gerando polêmica nos banheiros do Brasil
*Antes de iniciar a leitura, tenha em mente que o texto trará trechos que podem ser considerados pesados para muitos, mas acredite, necessário para todos.
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Uma conversa informal pode acabar surgindo de tudo. Relacionamento, sexo, política, futebol e… banheirão!?
“É isso mesmo, cara. Tá rolando demais e em diversas estações”, disse um dos colegas na mesa. Segundo ele, que terá seu nome preservado por pedido do mesmo, existe uma onda que está a cada dia crescendo mais, chamada “banheirão”. A prática é simples: nos banheiros de estações, rodoviárias ou até mesmo em um shopping, os homens se masturbam lado a lado em um mictório, podendo rolar de sexo oral até sexo nas cabines individuais dos banheiros.
Os homens começam trocando alguns olhares no mictório e, caso o outro mostre interesse, o ato sexual começa ali mesmo. Normalmente, consiste em masturbar o homem ao lado. Sexo oral acontece em casos raros.
Era simplesmente impossível de acreditar em tal informação do colega ao lado, afinal, como homens poderiam estar se masturbando lado a lado em um local público e, o pior, em banheiros que a qualquer momento pode ser usado por uma criança…
Resolvi pesquisar sobre o assunto, principalmente saber como a CPTM ou as estações de Metro em São Paulo não tomam uma atitude para acabar com tal prática criminosa e simplesmente descobri um submundo. Algo que poucas pessoas conhecem, mas que está aumentando muito entre frequentadores de estações… nada mais, nada menos do que os grupos de encontro do banheirão.
Ao pesquisar, encontrei diversos grupos de homens que combinam horários para se encontrarem com outros que estejam previamente afim de realizarem a “masturbação coletiva”. Existem grupos de vários locais do Brasil, porém entre os mais populares estão os de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Somando os grupos “escondidos” de cada um, eles totalizam 236 mil de seguidores. O conteúdo disseminado não poderia ser outro: fora os horários marcados, como citado acima, eles também divulgam experiências que tiveram em cada banheiro de estação, publicam vídeos, flagras, entre outras coisas.
Para quem não sabe, os banheiros de estações possuem os faxineiros que também servem como um tipo de segurança. Eles passam um pano, saem e aguardam do lado de fora do banheiro. Ao perceber qualquer movimentação estranha, o funcionário entra e toma alguma atitude, que pode ser comunicar os seguranças, como também jogar um balde de água no chão, para “espantar” os adeptos do banheirão.
Entre as estações da CPTM, o mais visado para a prática é o banheiro da Hebraica-Rebouças. O motivo? Os mictórios são mais escondidos, o que dá um tempo de reação para os homens que estão se pegando, evitando flagras indesejados.
Conversando informalmente com o faxineiro do local, ele foi objetivo: “Tem uns rapá que fica passando a mão no outro. Eu jogo água no pé, pra parar com sem vergonhice”.
As regras do banheirão
O ato possui suas regras entre os praticantes e as listarei aqui:
- Não converse durante o banheirão;
- Troque olhares discretos para saber se o homem ao lado também quer;
- Caso perceba que o homem ao lado não está afim, pare;
- Não seja violento;
- Não obrigue ninguém a nada.
O que a segurança diz?
A “cultura” do banheirão está crescendo cada vez mais rápido no Brasil, e alguns locais já estão tomando atitudes para acabar com isso. Um dos exemplos que mais chamou a atenção foi da academia Smart Fit, que colocou um botão de segurança caso algum usuário perceba algo inadequado no banheiro. No aviso, está escrito: “Pressione esta campainha caso perceba qualquer conduta inadequada neste local”. Entrei em contato com a Smart Fit, mas não obtive resposta sobre o caso até a publicação desta matéria.
A academia não colocou apenas o botão, que está sendo apelidado de “anti-banheirão”, mas também uma placa com o artigo 233 do Código Penal.
Os metrôs possuem os banheiros mais “vigiados” contra este ato. Durante quase todo o dia, faxineiros ficam rondando a área. Já nas estações da CPTM, é tudo mais “facilitado” principalmente pela falta de vigilância.