Depois da tempestade, realmente vem a calmaria ?

Lucas Inácio
Revista Subjetiva
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3 min readFeb 15, 2021

Talvez 2022 não seja o fim da linha para a extrema direita.

Por toda situação em que o país se encontra, talvez seja surreal pensar que o Bolsonaro consiga a reeleição. Mortes e mais mortes em sua conta, negacionismo científico e falas de um verdadeiro asno, irão marcar esses quatro anos de desgoverno. Mas ainda assim, ele conta com muitos apoiadores. Apoiadores esses que são alienados, e essa alienação se deve a um certo Juiz que na verdade é o chefe de uma gangue, que atuou de forma parcial e totalmente sem provas em um certo julgamento, mas esse assunto fica para um outro artigo. Vamos falar de política. Sem aliança não existe governabilidade no Brasil. Com as recentes eleições de presidentes no congresso, ficou evidente que o pior mau que enfrentamos é o centrão. Uma ala do governo totalmente corrupta composta por bancadas com interesses questionáveis que se venderam por um valor considerável. O centrão dança conforma a música, não representa nenhum interesse do povo, como a constituição sugere, e sim os próprios, dando força para o desgoverno. Em contra partida, temos um ‘’aliança’’ de partidos que prometem fazerem uma frente ampla conta Bolsonaro. Foi ate poético, ver partidos conservadores de esquerda apoiando candidatos de ideologia duvidáveis. Os fins justificam os meios ? Talvez. Mas sabemos que essa união direita-esquerda contra o extremismo não deu certo. Venceu quem detem o poder junto do dinheiro público, usado para financiar essas canalhices. O fato é que 2022 se aproxima e essa frente ampla conforme sugerida, não irá interferir minimamente nas eleições. Me desculpem aos leitores de direita, mas se queremos realmente expulsar Bolsonaro do poder, só será possível com o fortalecimento da esquerda. Nem todos os líderes dessa ideologia são perfeitos e com certeza há muita guerra de ego entres eles, guerra essa que nos custou as eleições de 2018. Não basta um candidato do PT se candidatar. Talvez pelo desgaste midiatico, muitos optem por nem votar nesse partido. A questão é que temos potenciais candidatos progressistas abertos a mudanças, como por exemplo Boulos, Manuela e até mesmo Haddad. Talvez a população queira renovação dentro da própria esquerda, e com esses jovens políticos temos esperanças de um futuro melhor. Devemos deixar um pouco os partidos de lado e focar no sujeito, precisamos sobrepor a ideologia. Lula, Dilma, Ciro, Marina são nomes extremamente importantes tanto regionais como nacionais. Precisam se unirem e demonstar apoio a quem se candidatar. A esquerda ainda é muito forte no nosso país e acredito que ainda há muito a se prosperar. Portanto contra Bolsonaro, nossa arma é a união, aliança e principalmente companheirismo. Vamos mostrar o que ele nunca teve, compaixão.

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Lucas Inácio
Revista Subjetiva

Estudante de Direito, politizado, buscando o autoconhecimento.