Diversidade LGBTQIA+ e as relações no mercado de trabalho
Em meio ao Pride Month, ou em português, Mês do Orgulho, a diversidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo, Assexual, +) é uma pauta em destaque. E por que não falarmos sobre essas aplicações também no mercado de trabalho e no ambiente organizacional?
Bem, primeiro é necessário compreender que diversidade é uma questão social, pessoas LBGTQIA+ estão nas ruas, logo, também deveriam estar nas empresas, ocupar as prateleiras das lojas, os sites de vendas online. Resumindo, estar em todos os lugares. Mais do que isso, o tema diversidade deveria incorporar as instituições por meio de práticas e demais vivências.
Com base nisso e também em compreender a realidades desses profissionais, a Catho coletou dados referentes a comunidade LGBTQIA+. A Pesquisa dos Profissionais Brasileiros 2018, apontou algumas dificuldade vivenciada por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais em suas carreiras. 57,45% dos respondentes da comunidade LGBTQIA+ acreditam que as suas oportunidades de carreira não são iguais quando comparadas às oportunidades dadas a seus colegas de trabalho.
Esta percepção se dá, dentre diversas questões, por um motivo: mais do que a inclusão, a empresa precisa estar preparada para receber esses profissionais. Isso consiste em oferecer um ambiente de liberdade dentro da instituição, promover respeito e reconhecimento por meio de feitos e competências e claro, emanar o respeito.
Sendo assim, temos uma organização com funcionários que escolhem permanecer ao longo dos anos, externam os atributos de valor de sua instituição, promovem transformação de vida, para aqueles, que muitas das vezes, se encontram marginalizados. Práticas que comprovam que avançamos porém, ainda há muito o que avançar.
Pensando nisso e em estarmos cada vez mais próximos de uma inclusão genuína, é possível observar algumas novas metodologias dentro das empresas para recrutar profissionais de formas cada vez mais justas. Um bom exemplo é a seleção às cegas, método de recrutamento que diminui as chances de empresas discriminarem candidatos por preconceitos ou falta de foco em seus aspectos profissionais. A prática já é sucesso na Europa e nos Estados Unidos e reflete valores de ética e justiça na contratação. Mas afinal, como ele funciona? Bem, nas primeiras etapas alguns aspectos são eliminados do currículo, tais como gênero, idade, estado civil, endereço, cidade, se possui filhos, etnia, se é uma pessoa com deficiência, dentre outras informações pessoais. No mais, todo o processo seletivo, corre normalmente. Sem impeditivos, a diversidade se faz valer.
Segundo o dicionário Michaelis eis o significado de palavra equiparar:
e·qui·pa·rar
1 Atribuir o mesmo valor; igualar comparando; tornar igual; comparar(-se), igualar(-se).
2 Conceder a (entidades, pessoas) as regalias que já são benefícios de outros
3 Conceder igualdade ou paridade a.
Apoiada nesta palavra, o Pride Month, o anseio pela igualdade, liberdade e justiça. Nas relações de trabalho, no ambiente organizacional, nas entregas de demandas, no dia a dia entre chefe e funcionário, nos grupos de discussão onde escutamos os profissionais LGBTQIS+, dentre tantas outras trocas, são esses valores que todos devem aplicar e encontrar nas empresas.