Em memória da Princesa Leia Organa, que a força esteja com você!

“Filho, hoje, vou te mostrar um filme da minha época”, disse meu pai a uma criança de sete anos

Caique Andrade
Revista Subjetiva
3 min readDec 29, 2016

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Descrição acessível: Carrie Fisher, vestida como General Leia Organa para o Despertar da Força.

Mas é bom mesmo papai?”, eu perguntei, não foi a primeira vez. Costumava perguntar isso para tudo. E essa comida é boa mesma? E essa roupa é bonita mesmo? Eu gosto de ouvir a opinião dele.

“Mas é claro que é bom”, com um sorriso aberto completou: “Eu alguma vez mostrei algo ruim?” e bateu uma palma logo depois de colocar o DVD para dentro do aparelho. “Isso vai ser bom!

E eu me sentei ali, no chão. Na verdade, no tapete. O chão era gelado demais para mim e eu poderia ficar doente, dizia meu pai e eu, puramente, acreditava.

E ficamos ali, por mais de duas horas sentados no tapete comendo pipoca aproveitando aquela aventura espacial em uma galáxia muito, muito distante.

Eu, com sete anos, me apaixonei.

Pelo ambiente, pela nave Millenium Falcon, pelo Chewie, por Han e Luke. Mas, principalmente pela Princesa Leia. Porque? Simples. Uma mulher, liderando a rebelião e que, além de linda, era poderosa.

Leia Organa, com seu penteado diferente e a atitude totalmente diferente de qualquer princesa, me fez ver mais dois filmes com meu pai, três filmes sozinho e rever inúmeras vezes na televisão, no DVD ou na Netflix.

Minha querida Princesa Leia, adeus.

Este pequeno texto foi escrito por um grande fã de Star Wars, tambem adorador do trabalho da atriz e escritora Carrie Fisher, que infelizmente faleceu na terça-feira(27/12/2016) — a última desse ano doloroso — e deixou uma quantidade absurda de fãs com um peso no coração.

A pedido da própria escritora, em seu livro Wishful Drinking (2016), eu digo que a mesma faleceu afogada na luz do luar, estrangulada pelo próprio sutiã. Leia o trecho abaixo (Revista Uai):

Atriz conta que a ideia surgiu durante uma conversa com George Lucas nas gravações de Star Wars: Uma Nova Esperança. ‘’George veio até mim no primeiro dia de filmagens, olhou para o meu vestido e disse: ‘Você não pode usar sutiã embaixo desse vestido’’’, conta. ‘’’Tá bom, eu acredito’, eu disse. ‘Por que?’ E ele disse: ‘Porque não há roupa íntima no espaço’’’.

‘’Ele disse com tanta convicção, como se tivesse ido ao espaço, dado uma olhada e percebido que não tinha nenhum sutiã ou calcinha por lá’’, continua. ‘’Ele explicou, ‘Quando você vai para o espaço, você fica sem peso. Então depois seu corpo se expande, mas seu sutiã não, e você pode ser sufocada por sua própria roupa íntima’’’.

Fisher disse ter achado que isso daria um ótimo obituário e contou que avisou todas as suas amigas que não importava como ela morresse, ela queria que fosse divulgado que ela morreu afogada na luz do luar, estrangulada pelo próprio sutiã.

Descrição acessível: Carrie Fisher em sessão de fotografia com o famigerado biquíni metálico usado em O Retorno de Jedi.

May the force be with you, Carrie, forever.

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