Ensaio sobre as borboletas

Rafael Moreno
Revista Subjetiva
Published in
2 min readSep 9, 2020
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Escrevo esse singelo ensaio depois de tanto ensaiar a cada vez que imaginava as borboletas baterem suas asas.

No envolver dum casulo pra sair de lá transformado. Pique quando o Froid mandou aquela, de tirar as borboletas do estômago, pois sabemos que elas precisam de um encontro ao sol. Eu não tô incluso porque sem tu, eu desisto.

Do voar de dar e matar as saudades. Bem à vista do por do sol, parcelando cada afeto, que daria inveja daqueles que se emocionaram com o último abraço do Ash e a sua Buterfree.

Feroz e suave, bem como o jogo de pernas do Muhammad Ali, que jurava voar como as borboletas, tudo pra tirar uma onda. Você não pode atingir aquilo que seus olhos não viam. E nunca ninguém via, pode pá.

Fiquem espertos, que aqui o negócio é meio caótico também. Experimenta só que, num bater de asas, transformo a brisa no oriente em furacão no ocidente, de atravessar meridianos e te deixar sem palavras.

Numa só pílula, tenho mais chacra que todo o clã Akimichi e nem preciso te contar o que acontece depois, né? É tomar um tá ligado pra vê se fica esperto.

Mas se ainda quiser me perguntar o porque de tanto falar sobre elas, te respondo.

Moro na cidade grande, raramente as vejo. Por isso as descrevo e escrevo como posso.

Se encontrar alguma, dê um tempinho para contempla-la com toda a atenção do mundo que seus olhos possam dar. Garanto que será o retrato mais bonito que vai tirar em toda a sua vida.

Sobre mim? Hoje o dia está chuvoso, mas boto fé que amanhã talvez veja alguma borboleta dando bobeira e voando por aí.

Ou não.

Quem sabe, né?

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