Eu sempre soube quando era o fim
Você acharia estranho eu dizer que sempre soube quando aquele momento seria o último encontro, o último abraço, o último beijo? Pois é. Sempre senti quando essa hora chegava. Uma certa intuição diria, e logo em seguida, a tristeza da despedida.
Tinha acabado de jantar, esperava ansiosamente a tua ligação. Dentro do meu quarto, peguei o celular e mandei uma mensagem avisando que estava pronto para a nossa conversa da noite. No meio da ligação, você me diz que não estava bem, que sentia MUITO, mas não conseguia continuar.
Fiquei sem saber o que dizer: totalmente sem chão. Aquilo que eu tinha pensado e dividido com meu amigo dias antes estava acontecendo. Você estava indo embora!
Com você foi diferente. A fantasia que eu criei tomou conta de mim, fiquei cego. A realidade não combinava com os meus planos, e tu deixava claro, que poderia ir a qualquer momento. Tudo dava sinais, ignorei todos eles. Teu sentimento era inconstante, eu, inseguro demais.
Pela manhã não teve bom dia! Você sumiu, apareceu depois: desinteressado e grosso. Sem paciência, pediu até eu dizer: quero terminar, não consigo ficar com alguém que não está por inteiro na relação. Alguém que está parado na porta da entrada sem saber se entra ou se sai. Eu decidi por ti: era melhor você sair.
Tu foi meu Conto de ‘Princeso’ com o final necessário. Intenso, Apaixonante, Fugaz […] deu meia noite e o conto acabou.
A gente se despediu em pleno carnaval: teus olhos vagos diziam sentir muito, mas ali era um adeus. Sabia que não te veria mais. O encontro acabou, mas tu ficou morando muito tempo no meu coração, até eu aprender a dizer adeus.
Cada relação, cada despedida e cada sentimento me ensinou tanto sobre amar e ser amado. O fim sempre foi um começo, e o ponto de início era olhar pra mim.
