Fumê de ouvido

Poesia participante do primeiro #DesafioDoEditor

Kenia Mattos
Revista Subjetiva
2 min readSep 20, 2017

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Tava em São Paulo
terra onde mendigo é tratado feito lixo
pra mim mendigos são todos meus amigos
se precisar de uma mão, eu dou a mão, o pé, e um sorriso.

Ouvi numa batalha de rima
“nossa futuro dormindo no chão”
será que falavam deles?
ou da nossa juventude utópica
que faz protesto, passa dois dias dorme?

Distopia seria se nem o temer fosse presidente
e o dória essa escória.
Embusteio, é como eu o chamo.

Em um futuro eu quero que acabem os corotes
acabem os cachimbos
acabe a cola
enfim, que acabe tudo que torna meus amigos
fodidos.

Todo mundo no metrô usam fone de ouvido
eu prefiro ouvir os trilhos
poeta é bicho.
Numa realidade não tão distante
quero sentar do lado de alguém de fumê de ouvido e falar
“olha alí na janela, o dia tá lindo”.

Esse poema foi feito por causa do Desafio do Editor proposto pela Revista Subjetiva. Fui uma das autoras desafiadas a escrever sobre utopia em forma de poema, tendo as palavras “distopia”, “realidade” e futuro” como opcionais.

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Kenia Mattos
Revista Subjetiva

Diga-me com quem tu andas e te direi quem é seu parsa. Escritora nas horas ocupadas.