Indisposição

Lev Tchistovsky

Dias de chuvas afagam
o cinzeiro do meu peito.

O cheiro das manhãs
adentram minha alma
através dos poros de minha pele,
e tudo parece não se preocupar.

As mãos ficam preguiçosas,
o café mais forte,
nossos olhos parecem velejar
nas ondas do marasmo.

As pessoas
deixam de correr um tanto,
e levam seus corpos para passear
nos lençóis da cama.

Não sei porque cargas d’água
dias de chuvas me agradam tanto.

Mas pra quem mora num barraco
na beira do rio,
Dias de chuvas não sejam lá essas coisas…

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José Fagner Da Silva Lima
Revista Subjetiva

Um fardo leve na imensidão do esquecimento. De Vitória de Santo Antão, zona da mata pernambucana. Escrevo as vezes quando não aguento mais.