Novos habitantes na nova cidade

Ana Paula Risson
Revista Subjetiva
Published in
2 min readSep 29, 2019
Elaboração da autora.

A cidade que era velha, tornou-se nova. Tornou-se nova para centenas de pessoas que acabam de chegar de diferentes lugares do mundo.

Alguns ficarão por pouco tempo, outros para a vida toda. Alguns chegam com uma mala, outros com a mudança inteira. E há aqueles que chegam sem nada. Alguns chegam com a família, outros chegam com amigos. E ainda há aqueles que chegam sozinhos.

Na nova cidade, a paisagem está diferente. Pessoas de diversas cores e roupas andam pelas ruas, descansam na praça, entram na universidade, assinam a admissão e frequentam a igreja. Diferentes religiões, culinárias, idiomas, vestimentas e culturas se encontram na nova cidade. Todas iguais nas suas diferenças. E assim, a velha cidade, tem nova paisagem.

Na nova cidade, pessoas do mundo todo chegam para tentar uma nova vida, reencontrar a família, conseguir um trabalho, estudar ou realizar o sonho que outrora foi despedaçado. Chegam para recomeçar. E o recomeço é diário.

Olhares curiosos pela nova cidade que está sendo descoberta se cruzam com olhares de desconfiança e acolhimento dos que já moravam nela. Olhares de esperança se cruzam com olhares de preconceito.

Os novos habitantes, entre saudade e esperança, criam e recriam sua nova vida. Contam e recontam sua história. Aprendem a encontrar e reencontrar seu lugar nesta nova cidade.

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(Nota: estas palavras são minha homenagem e respeito a todas pessoas que vivem em outro lugar que não o seu de nascimento, independente do motivo, da origem e do destino)

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