Reprodução da Internet.

O Fim dos Ciclos.

Sobre a vacilante necessidade de recomeçar.

Danilo H.
Revista Subjetiva
Published in
2 min readNov 22, 2017

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Eu constantemente falo que “estou por aqui” com as coisas e, logo em seguida, faço aquele gesto patético com a mão por cima da cabeça só pra reiterar meu ponto, mas acho que dessa vez é pra valer.

Sou o meu próprio gerenciador de crises e a luz de emergência sobre a minha cabeça começou a piscar violentamente há quatro dias, algo inevitável está a caminho e não há nada que eu possa fazer… preciso agir.

Com passos largos vejo o Fim se aproximar, já conheci seres piores do que o dito cujo, contudo ele continua sendo… sendo ele mesmo, o Fim.

Me debrucei sobre projetos, estilos de vida e amores há alguns anos e depois de tanto tempo consegui colher algumas coisas de cada um deles, mas não o suficiente… até porque se eu tivesse encontrado tudo que eu queria essa não seria a minha vida.

Enquanto as pessoas se esquecem eu me recordo de tudo… tudo mesmo, sem exceções.

Apenas no fim é que tive consciência das minhas atitudes e digamos que eu fui longe demais… Cavei diversas vezes no mesmo lugar com o intuito de achar algo diferente e só percebi agora que minhas mãos continuam vazias.

Tremo agora porque eu não só quero como preciso do fim, quero escutar o barulho do ralo levando todos os erros e acertos embora daqui. Prometo celebrar as boas aquisições na mesma frequência que irei descolar todos os danos que eu escolhi e causei a mim mesmo.

Decreto então o fim desse ciclo porque aprendi que dançar conforme a música nem sempre é o bastante (geralmente nunca é). Meus pés estão cansados desse ritmo e preciso desesperadamente aprender novos passos.

Feito a lua eu cresci da escuridão de braços aberto rumo as luzes, entretanto suportei mais do que devia e cruzei (negativamente) os meus limites, permaneci cheio o suficiente para entender que eu estava sendo tudo menos eu mesmo, por isso dei um empurrão com o pé e minguei lentamente em direção ao escuro, ao recomeço…

Em algum momento estarei novo e preparado para seguir uma nova direção, mas por hora estou apenas aproveitando o silêncio morrediço que leva o meu corpo.

Três horas.
Quinze dias.
Um mês inteiro.
Não sei ao certo o quanto necessito.
Mas uma hora ou outra acontecerá.
Até lá…

Mínguo.

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Danilo H.
Revista Subjetiva

Aqui eu escrevo sobre desconfortos, alegrias e sobre nós.