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O mundo já mudou

Nós somos apegados à coisas que temos mais familiaridade. Provavelmente por uma questão de termos mais controle sobre a situação e saber exatamente o que pode ou não acontecer. Só que o mundo não necessariamente é o mesmo sempre. Ele vai mudando e, nos dias de internet, essa mudança é ainda mais rápida e implacável. Fazendo com que, as vezes, nos apeguemos ainda mais à todas essas familiaridades.

É possível enxergar essa dinâmica em praticamente todos os assuntos que estão em voga na nossa sociedade. Das minorias que finalmente estão tendo um pouco de reconhecimento até as noções completamente erradas que tivemos a vida inteira sobre as classes dominantes. Tudo está mudando e, ao mesmo tempo, mais enxergamos pessoas que estão querendo que essas mudanças não aconteçam de verdade.

Sou um fã de carne. Mas é mais do que fato que a criação de gado é um fator de impacto importantíssimo na hora que falamos da mudança climática que acontece no mundo todo. Sendo assim, é apenas questão de tempo para que esse modo de alimentação fique ainda mais complicado de continuar da maneira que existe hoje. Por mais que, para mim, isso seja uma mudança que eu não queria que acontecesse.

Ao mesmo tempo, também é fato a política de drogas que boa parte dos países adota é contraproducente. Como diz o famoso meme: parabéns as drogas que, por mais um ano, ganharam a guerra às drogas. Sendo assim necessária uma análise menos emocional e mais racional de como inserir as mesmas nas legislações e torná-las menos sucetíveis aos cartéis e organizações criminosas.

E essas são só algumas das mudanças que estão acontecendo e que precisamos entender que não tem volta. Lutar contra elas pode até ser uma opção, mas é a pior de todas com toda a certeza. Entender e tentar conectá-las à nossa realidade é muito mais interessante e melhor para a grande maioria dos envolvidos.

Porque no final, o mundo já mudou. Você querendo ou não. Seus pais querendo ou não. Seus amigos querendo ou não. Cabe a nós entender essas mudanças e, de mente aberta, tentar incorporá-las à nossa vida como for possível. Porque se não, seremos da mesma maneira que esses velhos um dia foram com as mudanças que queríamos fazer: intolerantes e fadados ao isolamento. O que, acho eu, não é o que realmente queremos, não é?

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