O que deixamos para quem nos lê?

Não falemos sobre final, mas sim sobre legado.

Revista Subjetiva
Revista Subjetiva
3 min readSep 24, 2022

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Por Lucas Machado e Mayra Chomski

Quando criei a Subjetiva, jamais imaginei que ela alcançaria tantas conquistas ao longo dos seus 6 anos. A revista nasce de uma dor pessoal, de tentar alcançar a excelência na escrita acadêmica após a exposição negativa feita por uma professora em sala de aula.

Não imaginei que chegaríamos a ser a segunda maior plataforma colaborativa do Brasil, se tornando a casa de muitos autores e autoras.

Não imaginei que pudéssemos realizar a cobertura jornalística de eventos como a Bienal do Livro Rio e SP e a FLIP em mais de uma edição.

Não imaginei que conseguiríamos realizar parcerias com grandes editoras do mercado literário brasileiro.

Não imaginei sermos a ponte para que pessoas pudessem conquistar oportunidades ou até mesmo encontrar o que realmente gostam de fazer.

A Subjetiva foi mais do que uma plataforma que gera engajamento, cria ponte entre leitores, autores e editoras, mas sim a Casa de diferentes pessoas ao longo dos seus 6 anos.

Foi através da Subjetiva que realizamos a campanha Por mais mulheres no Medium e mobilizamos autores e leitores a escreverem sobre temas envoltos de resistência, resiliência, responsividade e importância política.

Foi através da Subjetiva que apostamos em autores independentes, fazendo com que eles ousassem e saíssem de sua zona de conforto, fazendo com que escrevessem sobre temas que destoassem totalmente do seu dia a dia.

Foi através da Subjetiva que participamos efetivamente da campanha #EleNão e #MeToo, sem medo de se posicionar politicamente, entendendo a importância desse posicionamento dentro da plataforma.

Foi através da Subjetiva que inovamos em conteúdo, experimentamos diferentes formatos e plataformas, criamos uma revista totalmente digital e utilizamos nosso know-how para fazer com que o algoritmo haja a nosso favor em plataformas como Google e Facebook e diversos autores e autoras recebessem visibilidade, reconhecimento e oportunidade.

Foi através da Subjetiva que compomos questões da prova e materiais didáticos de escolas, universidades e cursos livres.

Em meio a inúmeras conquistas, foi nesse local que fiz amigos, aprendi, pude me conectar com as mais diversas pessoas e entendi que mesmo sem pretensão podemos alcançar tanto.

Esse talvez seja o texto mais difícil que já escrevi, mas ao mesmo tempo ele também é o mais satisfatório, pois colocamos um ponto final nessa história entendendo todo legado que geramos em diferentes pessoas ao longo dos anos, sabendo que a Subjetiva marcou nem que seja um pouquinho a vida de cada um que a acompanhou nos 6 anos.

Agradecemos aos autores que estiveram conosco entre 2016 e 2022, principalmente aqueles que se dedicaram exclusivamente a nossa plataforma, mesmo com o desânimo pelas mudanças que ocorreram no Medium ao longo do tempo. Aos leitores, por terem feito a gente chegar aonde chegamos. As empresas, editoras e demais parceiros que apostaram na gente mesmo com tão pouco tempo de casa. Aos editores sempre postos e confiantes no projeto, dedicando mesmo sem qualquer tipo de custeio financeiro a fazer com que a revista alcance maiores do que poderia sem eles.

Hoje, 24 de Setembro, a Revista Subjetiva encerra oficialmente suas atividades.

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