Os novos moradores
São os novos moradores
Das lonas da cidade
Do canteiro entre avenidas
Das calçadas, das estradas
Filhos órfãos da política
Renegados ao relento
Nascem a todos tão alheios
Esquecidos, marginalizados
A ferida aberta do povo
De um passado mal acabado
Da cegueira voluntária
De um futuro encarnado
São vizinhos dos muros
Dos portões gradeados
O nó de mais um grito
Entre grades aprisionado
Carregam a marca
Mais injusta que o pecado
Como outros tantos órfãos
Estes já nascem culpados
Da rua,
São os novos moradores
Do bairro mais rico da cidade
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