Viktor Akhlomov

Possibilidades

Sociologia do absurdo
Revista Subjetiva
Published in
2 min readJun 22, 2017

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Bateu um desespero. Um medo de não saber o que fazer. Uma insegurança. A pouca coragem para enfrentar as obrigações da vida bloqueiam parte dos movimentos corporais e mentais. Por que se desesperar? Qual é o sentido do sofrimento? Não deveríamos tentar esconder o sofrimento. Ao menos, não deveríamos sentir vergonha.

O desespero, sentimento de difícil compreensão, talvez seja manifestação, ainda que dolorosa, da condição humana — um “sinal de vida”.

O coração pulsa.

O desespero também.

Estou vivo.

Mesmo, não sabendo direito o que estou fazendo.

Sobre a vida, não sei dizer quais são as expectativas criadas. Mas quem sabe? Gostaria de saber como as expectativas sobre mim são interpretadas. Qual seria a graça se soubesse?

Bateu um desespero. Por isso, comecei a escrever. Estou com medo. Acho que é delírio. Talvez não passe de um vazio — de vidas ou palavras.

A motivação para começar a escrever surgiu da necessidade de preencher o vazio. Por esse lado, ele não é ruim. Talvez toda escrita seja vazia, como uma representação da vida. Dessa forma, não seria a escrita uma forma de representar o vazio da vida? Uma forma de expressar o desespero de viver?

Tenho medo de tentar aproveitar a vida: preciso reagir!

Tenho medo de escrever e expressar os sentimentos que afligem uma consciência vazia de sentidos e explicações: preciso escrever!

Desespero e vazio são representações que camuflam as possibilidades da vida acontecer.

Precisamos acreditar nas possibilidades: sempre!

Acreditar é uma forma de desespero.

Você ainda acredita nas possibilidades?

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