Prenda minha
Tem uma janela no sul
de onde se vê o inverno chegar
com as araucárias desenhando cálices no horizonte.
E a pele sente o vento portenho que sobe de Buenos Aires
cheio de fantasmas de guerras passadas
passeando pelas pradarias
nas histórias dos viventes da fronteira.
E tem o teu olhar moreno
que enche de significados as paisagens
destes campos verdes
nos dias calmos que cavalgam
cavalos de sonhos sobre terras onde não estamos.
E eu, neste canto tão longe,
na distância de uma cordilheira sem fim
ouço as canções, cheias de memórias remanescentes,
que traz à lembrança da tua saia voando ao vento
que vem de Buenos Aires,
bem ao sul da minha saudade.
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