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Será que isso é realmente um problema?

Eu acho meio incrível como tem gente que parece estar em guerra o tempo inteiro. Incrível porque me parece algo que vai nos esgotando e nos tornando cada vez mais amargos com a vida e com o que estamos fazendo. Algo que eu vejo acontecendo à minha volta e que, por mais que eu quisesse ajudar, não consigo fazer nada a respeito.

Essas pessoas costumam caçar problemas. Não conseguem ficar em paz mesmo quando parece que a vida está tranquila. Tentando o tempo inteiro achar uma maneira de reclamar sobre algo. Uma maneira de achar algo que consiga antagonizar com ela, assim possuindo um motivo para se comportar de maneira mais agressiva e reclamona de sempre.

A minha pergunta é: será que isso realmente é um problema tão grande assim? Será mesmo que você precisa fazer todo esse alvoroço por causa de algo que, provavelmente, você nem controle tem sobre? Será que conviver com esse tal ‘problema’ não é muito mais eficaz e muito mais psicologicamente saudável para toda essa situação?

Porque quanto mais eu vejo pessoas desse tipo, mais eu acredito que são elas mesmas que estão causando tanto estresse em si mesmas. Afinal estão tentando controlar coisas que estão completamente fora da esfera de influência delas, e se incomodando tanto que acabam se tornando aquele tipo de pessoa chata que ninguém quer estar em volta.

Eu acredito que isso é algo muito intrínseco. Algo que provavelmente, se você que está me lendo se identifica, não será resolvido de maneira simples. Algo que deve exigir uma autoreflexão e ajuda profissional para entender o porque de tanto amargor e tanta vontade de procurar problemas para se escorar. Procurar problemas para ‘justificar’ a própria existência.

Não tem uma conclusão nesse texto. É só algo que, conforme eu estou envelhecendo, vejo à minha volta com cada vez mais incidência. Parecendo que, se não existirem problemas a serem resolvidos ou discordâncias, a pessoa parece que simplesmente não existe. O que, pelo menos à minha volta, acaba sendo destrutivo não só para às suas relações, mas principalmente para a própria pessoa que tem esse tipo de comportamento.

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