“Somos muitos, mas estamos por conta própria.”

Revista Subjetiva
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4 min readJul 2, 2018

O Vozes da Subjetiva é um projeto que visa valorizar os colunistas da Revista Subjetiva, fazendo com que nossos leitores os conheçam mais a fundo. O roteiro respondido pelo (a) autor (a) busca explorar suas experiências pessoais, profissionais e suas opiniões sobre determinados assuntos.

Tati Lopatiuk é redatora e escritora em São Paulo. Já publicou 7 livros e colabora com sites e revistas há mais de 10 anos. Se formou em contabilidade, mas encontrou sua paixão na escrita.

Conte-nos um pouco sobre sua trajetória até aqui, listando os momentos mais importantes para sua carreira enquanto redatora e escritora.

Olá, me chamo Tati Lopatiuk, tenho 33 anos e sou escritora e redatora em São Paulo. Eu me formei em contabilidade e até exerci a profissão por alguns anos, mas sempre gostei mais de escrever do que de lidar com números. Quando mudei para São Paulo, quase dez anos atrás, resolvi mudar de profissão também e passei a trabalhar com redação para mídias sociais. Estou nesse ramo até hoje, o que me faz vivenciar a escrita quase o tempo todo, já que escrever também é o meu hobby. Sempre tive blogs e colaborei para sites, mas foi só em 2014 que comecei a escrever romances. De lá para cá, já são sete obras publicadas, na Amazon e Wattpad.

Quais os autores e os livros que serviram de inspiração para sua escrita?

Acho que a inspiração pode vir de todos os lugares, mesmo daqueles que em um primeiro momento não pareçam se relacionar com o tipo de literatura que você escreve. Dito isso, de um modo geral a minha escrita para romances busca inspiração nas minhas autoras favoritas de chick lit como Marian Keyes, Colleen Hoover e Brittainy C. Cherry. A série “After”, da Anna Todd, foi a principal inspiração para o meu primeiro romance.

Um dos conteúdos mais pertinentes produzidos por você são as resenhas, de onde surgiu a vontade de começar a escrever sobre as suas leituras e qual o retorno que as mesmas vem dado a você?

Acho que é natural ler um livro, gostar muito dele e querer contar sobre para as pessoas do seu círculo de amizades. Resenhar livros é um hábito que traz muitas vantagens: faz com que você grave com mais facilidade aquela história na sua memória, dá mais um objetivo para a leitura e ainda traz um assunto para a sua conversa com as pessoas. E todo mundo adora dicas de leitura!

Você, além de escrever resenhas, também escreveu seus livros autorais, fale um pouco sobre cada um deles e diga qual a mensagem principal que cada um deseja passar ao leitor(a).

Comecei publicando no Wattpad, já tinha cinco livros lá quando comecei a passá-los para a Amazon do último para o primeiro — e no meio desse processo, ainda escrevi dois inéditos. Todos são histórias de amor, seja romântico, seja amor “de amizade”. São histórias cotidianas, possíveis de acontecer com qualquer um. E o que eu busco com meus livros é exatamente isso. Mostrar que o amor é possível e está em todos os lugares, contanto que você se abra para ele e esteja atento.

Você enquanto escritora de literatura nacional acredita que o espaço hoje com a grande difusão da internet é favorável a novos autores?

É favorável ao surgimento de novos autores, sim. Mas não é necessariamente favorável à eles… É fácil hoje em dia você publicar a sua história, seja de maneira digital, seja em impressão independente… Porém, ainda falta apoio para os autores nacionais se posicionarem no mercado, falta uma abertura maior para que novos talentos tenham uma chance de tentar com o suporte de uma grande editora ou empreendimento literário. Somos muitos, mas estamos por conta própria.

Além da escrita, outra grande paixão sua é o Palmeiras. Conte-nos de onde vem essa paixão pelo futebol e como o Palmeiras entrou em sua vida.

É verdade! Eu sempre gostei muito de futebol, esse universo sempre me encantou. Mas foi com o meu marido, um palmeirense ferrenho, que tive a chance de desenvolver melhor essa paixão e aprender mais sobre o esporte vivendo o cotidiano de um time ao acompanhá-lo aos jogos no estádio semanalmente. Aos poucos, o Palmeiras acabou se tornando uma grande parte da minha vida, como é hoje, porque o futebol é algo muito envolvente e apaixonante. E também porque o Palmeiras, veja bem, é um baita time, o melhor de todos, meus senhores.

Deixe uma mensagem para aqueles que estão lendo mais sobre você nesse momento e querem pegar firme na escrita em 2018.

Não sei se sou capaz de dar conselhos, mas algo em que acredito muito é que se escrever te faz feliz, você não deve desistir disso. Pode ser um caminho complicado e muitas vezes solitário, mas o que você produz é seu e só seu — e isso ninguém pode tirar de você. Faça por você e deixe que o seu entusiasmo e a sua determinação cuidem do resto.

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