Trevo de quatro folhas
Porque a sorte é um jeito carinhoso que a vida arrumou pra nos dar recados
Sempre acreditei que sorte não tem nada a ver com a cor ou o número que você pensa que podem atrair coisas boas. Na verdade, carrego comigo a ideia de que sorte tem a ver com o que você faz com as oportunidades que surgem pelo caminho.
Estamos muito acostumados a pensar em oportunidades somente como coisas boas. E, infelizmente, nos esquecemos que os esbarrões que recebemos de vez em sempre da vida, também podem ser perfeitas oportunidades (de crescimento). É normal que as nossas conquistas tenham uma carga positiva, que geralmente pesa mais quando vamos escolher uma opção. É natural que os benefícios chamem mais atenção do que os custos de oportunidade de uma decisão. Afinal, a situação mais confortável muitas vezes nos parece mais atraente.
No meio de todas as escolhas e dilemas que encontramos pela vida, sempre surge o fator sorte. Sorte de conseguir um bom emprego, sorte de encontrar o amor de nossas vidas, sorte de ser bem sucedido de maneira geral e sorte de ter sorte. Diante de tantas incertezas, algumas vezes nos flagramos justificando atitudes e comportamentos com a falta de sorte, o famoso “dedo podre”, é um exemplo claro disso.
Mas acontece que nem tudo deveria se resumir a sorte que temos ou deixamos de ter. A nossa vida não se resume a amuletos e combinações de superstições. É preciso mais do que isso, encontrar um trevo de quatro folhas pode até deixar seu dia mais alegre e contagiante, mas isso pouco importa quando analisamos as atitudes que são necessárias. Essas sim são capazes de moldar os nossos dias e os resultados deles. É preciso olhar pra dentro de nós, e pra tudo aquilo que estamos dispostos a enfrentar e a deixar de lado, pra que a sorte seja só um jeito carinhoso de dizer que as decisões mais acertadas foram tomadas.
