Tubular

Rafael Moreno
Revista Subjetiva
Published in
2 min readApr 5, 2021
Direitos de Imagem: Nintendo

Super Mario World foi o primeiro jogo de vídeogame da minha vida e também o primeiro desafio que tive.

O que me deixava mais fascinado com aquele mundo colorido era em como ele me ensinava a passar de fase. Mais tarde, e com mais jogos, descobri que a alma dos jogos de plataforma é a progressão como principal fator para zerar o jogo.

Não importa o seu tamanho, suas armas, seus itens. O negócio é chegar no final da fase e esse progresso é baseado inteiramente na tentativa e erro. Um pulo fora do tempo. Uma distância mal calculada. Uma moeda que talvez tenha deixado para trás.

A cada derrota, a cada morte, você volta para o início e faz o caminho tudo de novo, evitando os mesmos erros que estavam por vir, descobrindo novos erros e assim a gente começa a aprender sobre esse lance que é o nosso ciclo de aprendizado.

Claro que nada disso adiantou quando o Super Mário World me apresentou uma fase chamada Tubular. Assim que apertei “start”, também fui apresentado para algumas palavras como raiva e frustração.

De nada adiantava tudo o que havia aprendido anteriormente, a fase Tubular tava ali pra acabar comigo e me deixar sem saber o que fazer.

Não conseguia entender. Errei tudo que havia para se errar. Não encontrava novos erros para serem aprendidos. A Tubular continuava existindo como a última fase, mesmo eu sabendo que depois dela existia um horizonte a ser explorado.

Até que depois de frustrações, raivas, mordidas no fio do controle, tapas na fita, eu passei dela. Sim, centenas de vezes depois, venci a fase como se fosse a coisa mais simples do mundo.

O pior havia passado e nem preciso dizer que vencer o Bowser foi dois palitos né?

O negócio é, se você tá aqui hoje, é porque o seu “pior dia da minha vida” já passou.

Porque pra passar dessas fases, tudo que importa é seguir em frente, sem voltar atrás.

Cê vai tirar a sua Tubular de letra.

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