Um pouco da Fernanda Young
A morte da grandíssima Fernanda Young pegou a todos de surpresa: fãs de sua obra literária e criações para o audiovisual, bem como os que conheciam sua personalidade forte e marcante.
Bem, tive um breve contato com ela, há pouco mais de um ano, quando fui cobrir a Bienal do Livro de São Paulo para esta Revista Subjetiva.
Na mesa Feminino e Masculino, ela esteve ao lado de Maria Ribeiro e Tati Bernardi, em um papo conduzido pelas grandes Beatriz Alves e Camila Cabete, donas do podcast Desqualificadas.
O papo foi muito descontraído e algo me chamou atenção: em dado momento, Maria foi ao banheiro e eu tive a oportunidade de fazer uma pergunta. Diferentemente da maioria dos questionamentos, levantei uma questão técnica sobre seu processo criativo. Estava eu, ali, em meus primeiros passos na literatura, perguntando à Fernanda sobre o sofrimento de escrever. Que ousadia, não?
A atenção sincera que ela deu veio em um olhar que sou incapaz de descrever aqui. A dedicação na resposta também foi incrível. Fernanda era gente da gente, me pareceu. Sua obra fica, certamente.
Espero contribuir com sua memória relembrando umas coisas por aqui.
LEIA AQUI o meu relato daquela mesa inesquecível.
Tentei transmitir ali um pouco do que foi estar naquele lugar abarrotado, de gente interessadíssima em literatura escrita por mulheres e para todo mundo que quisesse lê-las.
OUÇA AQUI a preciosidade da minha gravação daquela mesa.
Um gravador amador, um escriba não menos amador, mas a sensação que tive de estar ali. Eu esqueci de gravar, quando comecei, o gravador deu pau. Mas foi. A qualidade não é das melhores, eu sei, eu sei.
Sempre arquivo tudo que escrevo e gravo. Nunca acho que terão alguma utilidade. Como de praxe, erro.
OUÇA AQUI o episódio do podcast Desqualificadas gravado naquele dia.
Daquele dia pra cá, construí uma gostosa amizade com a Beatriz e a Camila, ainda que à distância e virtualmente. Sou grato à Fernanda também por isso.
